O mês de setembro ganha uma tonalidade especial no Brasil, marcando o Setembro Amarelo, uma campanha nacional dedicada à prevenção do suicídio. Durante todo esse mês, órgãos públicos e empresas privadas unem esforços para promover a saúde mental e enfatizar a importância de discutir abertamente o tema, além de combater o estigma que ainda envolve as doenças mentais.
O lema do Setembro Amarelo em 2023 é “Se precisar, peça ajuda!”. Esse slogan tem como objetivo inspirar a população brasileira a assumir uma postura ativa em relação ao cuidado com a sua própria saúde mental e em relação ao apoio aos que estão à sua volta.
A Associação Brasileira de Psiquiatria enfatiza a importância de identificar os sinais de alerta do suicídio e oferecer apoio sem julgamentos, promovendo uma escuta ativa e, sobretudo, encaminhando a pessoa para o tratamento adequado com um médico psiquiatra.
O mês de setembro foi escolhido estrategicamente, uma vez que o dia 10 é reconhecido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Essa data foi estabelecida pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) e conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), tornando-se um compromisso global para aumentar a conscientização sobre esse grave problema de saúde pública.
O Setembro Amarelo desempenha um papel crucial na sociedade, quebrando o estigma associado à saúde mental, promovendo a educação pública sobre os sinais de alerta do suicídio e fornecendo apoio não apenas às pessoas que enfrentam pensamentos suicidas, mas também às suas famílias e amigos. Além disso, a campanha ganhou adesão global, alcançando milhões de pessoas em todo o mundo e incentivando outros países a adotar medidas semelhantes.
A iniciativa do Setembro Amarelo foi concebida em 2013 por Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Desde então, conta com o apoio de organizações como o Centro de Valorização à Vida (CVV) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) para disseminar sua mensagem vital.
A relevância da campanha é ainda mais evidente quando se observam os números: o suicídio é a quarta causa de morte entre os jovens brasileiros de 15 a 29 anos, e a nível mundial, é a segunda maior causa de morte entre essa faixa etária, de acordo com a OMS. São cerca de 800 mil vidas perdidas anualmente devido ao suicídio, superando outras causas de morte como HIV, malária, câncer de mama, guerras e homicídios.
No Brasil, cerca de 14 mil casos de suicídio ocorrem a cada ano, com uma prevalência maior entre os homens. Para enfrentar esse desafio, o Centro de Valorização da Vida (CVV), uma organização sem fins lucrativos ativa desde 1962, oferece suporte emocional e prevenção ao suicídio gratuitamente. Com canais de comunicação acessíveis, como telefone, chat, e-mail e atendimento pessoal, o CVV está disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano.
Da redação, Djhessica Monteiro.