No terceiro sábado de setembro, anualmente, celebramos o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea (World Marrow Donor Day – WMDD). Esta data tem como propósito fundamental conscientizar o público sobre a importância da doação de medula óssea.
A WMDD foi criada em 2015 pela Associação Mundial de Doadores de Medula (World Marrow Donor Association – WMDA), uma organização global dedicada aos registros de doadores de medula, células-tronco do sangue e sangue do cordão umbilical. Nesse contexto, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, conhecido como Redome, destaca-se como um dos maiores bancos mundiais, com uma impressionante base de mais de 5,6 milhões de pessoas cadastradas. Este ano, o Redome comemora seu 30º aniversário.
O Redome é coordenado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) e abriga informações vitais sobre voluntários dispostos a doar medula óssea, incluindo seus nomes, endereços, resultados de exames e características genéticas. Sempre que um paciente necessita de um transplante de medula óssea e não tem um doador compatível na família, a solução é recorrer ao Redome. Este banco de registros trabalha em harmonia com os registros em todo o mundo, permitindo a busca simultânea por doadores para pacientes brasileiros tanto no Brasil quanto no exterior.
Em Minas Gerais, a Hemominas, juntamente com todos os hemocentros públicos, é uma parceira vital do Redome na tarefa de cadastrar candidatos à doação de medula óssea. Desde a fundação do Redome em 1993, cerca de 618 mil mineiros já se inscreveram nas unidades da Hemominas, tornando Minas Gerais o segundo estado com o maior número de cadastros no país. A meta anual estabelecida pelo Redome para cada estado é de 15,7 mil novos cadastros.
Em 2021, houve uma mudança importante no perfil dos candidatos à doação de medula óssea, estabelecendo um limite de idade para novos cadastrados, que passou a ser de 35 anos. Uma vez cadastrados, os doadores permanecem no banco até completarem 60 anos.
É importante destacar que qualquer pessoa em boa saúde e sem doenças infecciosas ou hematológicas pode se tornar um doador voluntário de medula óssea. Para isso, é necessário apresentar um documento de identidade oficial com foto no momento do cadastro. Durante o processo de registro, os possíveis doadores preenchem uma ficha com informações pessoais, permitindo ao Instituto Nacional do Câncer (INCA), responsável pelo Redome, localizá-los caso haja compatibilidade com um paciente necessitado. Além disso, uma pequena quantidade de sangue (5ml) é coletada para o exame de histocompatibilidade (HLA), que identifica as características genéticas a serem cruzadas com as dos pacientes à espera de um transplante. Assim, o hemocentro inclui os dados do candidato à doação no Redome, e quando há compatibilidade com um paciente, são realizados os procedimentos necessários para efetivar a doação.
Lembramos também da importância de manter os dados de cadastro atualizados, como endereço, telefone e e-mail. A atualização pode ser realizada diretamente pelo candidato à doação no site do INCA, no link http://www1.inca.gov.br/doador/.
No WMDD de 2023, a proposta é comemorar virtualmente, utilizando vídeos, agradecimentos e publicações nas redes sociais para inspirar e conscientizar mais pessoas sobre a doação de medula óssea. As hashtags #WMDD2023 e #thankyoudonor serão amplamente utilizadas para disseminar a mensagem.
Da redação
Fonte: Agência Minas