Em meio a uma nova onda de calor que se abate sobre todo o território nacional, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta preocupante: a baixa umidade relativa do ar persistirá nos próximos dias, estendendo-se até quinta-feira (21). Essa condição afetará 16 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Minas Gerais é um dos estados mais impactados, com um total de 488 municípios figurando na lista de áreas sob alerta, incluindo Sete Lagoas.
Mas qual é a relação entre a baixa umidade e nossa saúde? O tempo seco, caracterizado pela redução dos níveis de umidade do ar, pode ser um fator desencadeante de diversos problemas de saúde. Entre os sintomas mais comuns associados a esse cenário, destacam-se cansaço, dor de cabeça, narinas e olhos ressecados. Para aqueles que já sofrem de doenças respiratórias crônicas, como asma, rinite alérgica ou bronquite, a situação se agrava, aumentando o risco de agravamento dos quadros clínicos.
A explicação para o desconforto respiratório nesse contexto reside em um mecanismo de defesa natural presente em nossas vias aéreas: o muco. Com o ar extremamente seco, esse muco seca, o que, por sua vez, piora a obstrução das vias respiratórias, tornando a respiração mais difícil e desconfortável.
Nesse cenário desafiador, o melhor remédio é simples: manter-se hidratado. É crucial ingerir uma quantidade adequada de líquidos, em torno de dois litros por dia ou o equivalente a 10 copos de água de 200 ml cada um. Essa prática ajuda a hidratar não apenas os órgãos internos, mas também a pele e as mucosas, combatendo os efeitos prejudiciais da secura do ar.
Algumas dicas adicionais podem auxiliar na minimização dos efeitos do ar seco e poluído:
- Ter um umidificador de ar em casa, ou simplesmente colocar uma bacia com água no ambiente, pode ajudar a aumentar a umidade relativa do ar.
- A hidratação das mucosas com soro fisiológico é recomendada pelo menos duas vezes ao dia.
- Manter os olhos hidratados com soro fisiológico ou colírio de lágrima artificial pode aliviar o ressecamento ocular.
- Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, que podem ter efeitos desidratantes.
- Manter a casa limpa e evitar o acúmulo de poeira contribui para um ambiente mais saudável.
- É prudente evitar a prática de exercícios físicos das 11h às 17h, quando as temperaturas costumam ser mais elevadas e a umidade do ar mais baixa.
- Além disso, proteger-se ao máximo do sol e evitar o ressecamento das mucosas e da pele são medidas preventivas importantes.
Em casos de sintomas mais graves, como tosse intensa, aumento de catarro, chiado no peito e falta de ar, é crucial procurar atendimento médico imediatamente.
Da redação com o G1