O Ministério da Saúde projetou um aumento nos casos de dengue em 2024, destacando Minas Gerais como potencial epicentro da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O estado já registrou 386.830 casos até novembro, comparado a 79.840 no mesmo período do ano anterior. Além de Minas Gerais, o Espírito Santo também está em alerta na Região Sudeste.
A previsão destaca o Centro-Oeste em nível epidêmico, o potencial epidêmico de Minas Gerais e Espírito Santo no Sudeste, e um alto potencial no Paraná, no Sul. O Nordeste terá um aumento, mas abaixo do limiar epidêmico, de acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
Com o período chuvoso e altas temperaturas se aproximando, espera-se um aumento significativo nos casos de dengue, chikungunya e zika. As mudanças climáticas e os efeitos do El Niño podem intensificar essa probabilidade neste verão.
O Governo Federal está mobilizando mais de 11 mil profissionais de saúde para prevenção, tratamento e controle dessas doenças. Além disso, anunciou a expansão do método Wolbachia, liberando mosquitos infectados com uma bactéria intracelular que os impede de transmitir os vírus.
O Ministério da Saúde planeja investir R$ 256 milhões em programas de combate às arboviroses. O número de casos de dengue no Brasil ultrapassou 1,6 milhão em 2023, um aumento de 17,5% em relação ao ano anterior, com uma taxa de letalidade de 0,07%.
Mudanças climáticas, aumento de chuvas e mudança do sorotipo do vírus são apontados como possíveis causas desse aumento. Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal apresentaram maior incidência.
No caso da chikungunya, Minas, Tocantins e Espírito Santo lideram os registros, com 145,3 mil casos no país, uma redução de 42,2% em relação ao ano anterior, e 100 mortes relatadas pelo Ministério da Saúde.
A zika teve o maior aumento proporcional, com 289% a mais de casos em um ano, totalizando 7,2 mil registros em 2023 em comparação com 1,6 mil em 2022. Uma morte está sob investigação segundo o ministério.
Da Redação com G1