Segundo projeções do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se que em 2024 o número de novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil atinja aproximadamente 220.000. Em Minas Gerais, entre 2023 e 2025, a previsão é de mais de 26 mil novos casos de neoplasia de pele não melanoma, além de 900 registros de melanoma por ano.
Com o intuito de conscientizar a população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou a campanha Dezembro Laranja. O tema deste ano, “Seu sol, sua pele, sua proteção”, visa ressaltar a importância da prevenção e da detecção precoce da doença. “O câncer de pele é o tipo mais comum de neoplasia no país, incluindo o carcinoma espinocelular (CEC), o carcinoma basocelular (CBC), conhecidos como câncer de pele não melanoma, e o melanoma”, destaca a dermatologista dra. Cristiane Cárcano, do Hospital Vila da Serra, em Belo Horizonte.
De acordo com o estudo “Estimativa da Incidência do Câncer-2023/2025” do Inca, anualmente o Brasil registra cerca de 8.980 novos casos de câncer de pele melanoma, com 4.580 deles concentrados na Região Sudeste. O carcinoma espinocelular (CEC) e o melanoma podem causar metástases e estão associados ao maior número de óbitos relacionados ao câncer de pele.
Os principais fatores de risco para o câncer de pele não melanoma são:
- Pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares;
- Pessoas com história pessoal ou familiar deste câncer;
- Pessoas com doenças cutâneas prévias;
- Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol;
- Exposição prolongada e repetida ao sol;
- Exposição a câmaras de bronzeamento artificial.
- Os sinais e sintomas são muito variáveis. Mas, de uma maneira geral, alguns indicativos de alerta são: a mudança na aparência de manchas de nascença, o crescimento rápido de alguma pinta ou de uma lesão de pele nova, a mudança na coloração ou na textura de um sinal ou de uma pinta.
“Os cânceres de pele não melanoma podem se manifestar como feridas na pele que não cicatrizam, ou lesões que estão aumentando de tamanho ao longo do tempo. A detecção precoce é fundamental, pois as chances de cura aumentam significativamente quando tratado em sua fase inicial”, explica Dra. Cristiane.
As principais medidas de proteção são: usar chapéus, camisetas, óculos escuros; cobrir as áreas expostas ao sol com roupas apropriadas; evitar a exposição solar entre 10 e 16 horas; usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão. Utilizar o protetor solar diariamente e intensificar o uso nos momentos de lazer ao ar livre. Observar regularmente a própria pele à procura de pintas ou sinais suspeitos; manter bebês e crianças protegidos do sol. Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
Como escolher corretamente o filtro solar
A dermatologista enfatiza a importância de escolher protetores solares que ofereçam defesa contra as radiações UVA e UVB, com um fator de proteção solar (FPS) mínimo de 30. A reaplicação do protetor deve ocorrer a cada duas horas ou com maior frequência durante atividades ao ar livre, além do uso de um filtro solar específico para os lábios.
“Todos os protetores solares são eficazes, porém, algumas pessoas podem requerer produtos especiais. Por exemplo, para peles oleosas, é recomendado buscar produtos com controle de oleosidade; áreas com pelos podem se beneficiar do uso de protetores em spray. Aqueles com pele sensível ou alérgica devem optar por produtos com filtros físicos, sem perfume e sem potenciais irritantes. Crianças a partir dos 6 meses de idade devem utilizar protetor solar, preferencialmente os desenvolvidos para essa faixa etária”, conclui a especialista.
Da Redação com Por Dentro de Tudo