A ivermectina está novamente sob os holofotes como uma possível solução para combater doenças, desta vez, a dengue. O Ministério da Saúde destacou que essa informação é um boato veiculado, inclusive por alguns profissionais de saúde em suas redes sociais, sem dados ou fontes que comprovem sua veracidade.
Este medicamento, conhecido como antiparasitário, foi anteriormente defendido como parte de um tratamento precoce contra a COVID-19 durante a pandemia, porém, sua eficácia não foi comprovada. Estudos realizados na época demonstraram a ineficácia do medicamento no combate ao coronavírus.
É importante ressaltar que a ivermectina também não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue. O Ministério da Saúde não reconhece qualquer protocolo que inclua esse medicamento para o tratamento da doença. O governo federal alerta que a disseminação de notícias falsas, especialmente em um cenário epidemiológico que demanda atenção, é extremamente perigosa.
Segundo o protocolo oficial para dengue do Ministério da Saúde, o médico deve identificar os sintomas por meio de uma consulta com o paciente e pode, em seguida, solicitar exames laboratoriais, se necessário. Para casos leves de dengue, a recomendação inclui repouso durante a febre, hidratação, administração de paracetamol ou dipirona para dor ou febre, e é importante evitar o ácido acetilsalicílico. Na maioria dos casos, ocorre a cura espontânea após cerca de 10 dias.
É fundamental que o paciente retorne imediatamente ao serviço de saúde se apresentar sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado nessas situações.
O Ministério da Saúde destaca que as condutas clínicas indicadas são baseadas em evidências científicas que garantem a segurança do paciente, e os medicamentos prescritos para o tratamento têm aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Da Redação com Hoje em Dia