Recentemente, um medicamento para tratar a rinite ganhou destaque nas redes sociais após um perfil sugerir que as pessoas compartilhassem seus antialérgicos favoritos. A loratadina, que pertence à classe dos anti-histamínicos, foi um dos nomes mais mencionados, sendo indicada para o tratamento das crises alérgicas no nariz.
No entanto, é essencial ressaltar a importância de consultar um médico antes de iniciar qualquer tratamento, seja por meio de comprimidos ou sprays nasais, para garantir um diagnóstico adequado e identificar a causa subjacente do problema. Embora as crises alérgicas sejam a principal causa da rinite, outros fatores, como mudanças de temperatura e umidade, uso de medicamentos específicos e até mesmo a gravidez, podem desencadear a inflamação nasal.
Cada tipo de rinite requer uma abordagem específica para obter os melhores resultados. O otorrinolaringologista Cicero Matsuyama, do Hospital Cema em São Paulo, explica que a rinite é um processo inflamatório que afeta as cavidades nasais e os seios paranasais, caracterizado por sintomas como coriza, espirros frequentes, congestão nasal e coceira no nariz, garganta, olhos e céu da boca.
Outro gatilho comum para a rinite, especialmente em regiões com estações do ano mais definidas como o Sul do Brasil e o Hemisfério Norte, é o pólen. Pessoas sensíveis a essa substância tendem a sofrer mais durante a primavera, quando as plantas estão em crescimento e florescimento. No entanto, é importante ressaltar que nem toda rinite é alérgica, conforme destaca Matsuyama.
Cerca de um terço dos casos de rinite não estão relacionados a alergias. Um dos principais desencadeantes é a mudança na umidade ou temperatura, seja do clima em geral ou de ambientes específicos, como salas ou quartos.
Por exemplo, uma brusca queda de temperatura ou entrar em um local com ar condicionado muito gelado após estar exposto ao calor pode desencadear sintomas. Além disso, há a rinite de origem medicamentosa, que ocorre após o uso de certos remédios, especialmente os prescritos para disfunção erétil ou pressão alta.
Os sintomas da rinite, como espirros, coceira e coriza, podem causar desconforto no dia a dia e prejudicar a qualidade do sono, como destaca o médico Giovanni Di Gesu, do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
Para controlar a rinite alérgica, é importante consultar um médico, que pode sugerir mudanças no ambiente doméstico e de hábitos, como a realização frequente de limpeza para evitar o acúmulo de poeira e a retirada de objetos que acumulam ácaros, como carpetes e cortinas. Além disso, existem medicamentos seguros e eficazes para aliviar os sintomas, como os anti-histamínicos.
Esses medicamentos bloqueiam a histamina, uma substância que desencadeia a irritação nasal. Existem anti-histamínicos de primeira e segunda geração, sendo que os de segunda geração causam menos sonolência.
Para casos mais graves, podem ser prescritos anti-inflamatórios específicos, incluindo sprays nasais. Outra opção é a imunoterapia, que consiste em doses mínimas do alérgeno para treinar o sistema imunológico a tolerá-lo.
Em casos de rinite não alérgica, como causada por mudanças de temperatura, remédios ou gestação, o tratamento varia de acordo com a causa. A avaliação de um especialista é fundamental, especialmente durante a gravidez. Ajustes na temperatura e umidificação do ambiente podem ser úteis em alguns casos, enquanto em outros pode ser necessário ajustar a medicação.
Para a rinite gestacional, existem soluções específicas, uma vez que a gravidez é um período sensível e nem todos os medicamentos podem ser utilizados durante os nove meses. No entanto, há opções farmacológicas, como determinados sprays nasais, que os médicos podem prescrever com segurança para aliviar os sintomas.
Da Redação com G1