Embora todos estejam susceptíveis a picadas do Aedes aegypti, alguns indivíduos enfrentam maior risco. Segundo o infectologista Matheus Todt, da S.O.S Vida, adolescentes e mulheres grávidas são mais atrativos para o inseto. “O calor corporal, a produção de suor e certos hormônios podem aumentar a atração”, explica.
Outro fator crucial destacado por Todt é o padrão respiratório. Os mosquitos buscam dióxido de carbono, liberado durante a respiração. Quanto mais intensa a respiração, maior a emissão de CO2 ao redor.
Todt aconselha o uso de roupas claras, manga longa e calça comprida, evitando roupas escuras (que atraem o mosquito) e muito justas ao corpo, facilitando as picadas.
Os mosquitos também são atraídos pelo sebo, uma substância oleosa na pele que emite odores perceptíveis aos mosquitos, embora imperceptíveis aos humanos. Os repelentes formam uma camada de vapor com odor para afastar os insetos, sem eliminá-los.
É importante notar que o uso de hidratantes e perfumes é desaconselhado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), pois esses produtos podem atrair mosquitos, ao contrário do que muitas pessoas pensam.
A crença de que ingerir vitaminas do complexo B ou alho pode prevenir picadas não tem respaldo científico, de acordo com a bióloga Diva Tavares, doutora em patologia. Ela enfatiza que não há evidências de que substâncias ingeridas possam prevenir doenças causadas pelo Aedes aegypti.
Diva Tavares também destaca uma curiosidade: embora não haja comprovação para o mosquito da dengue, estudos indicam que o consumo de álcool torna as pessoas mais propensas a serem picadas por uma espécie transmissora da malária.
Da Redação com Macajuba Acontece