O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, em parceria com os cartórios, anunciou na terça-feira (2) o lançamento da campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém”.
Essa iniciativa também marca a regulamentação da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo), uma plataforma eletrônica e gratuita que permite autorizar a doação de órgãos, tecidos e partes do corpo.
Desenvolvida pelo Colégio Notarial do Brasil — Conselho Federal (CNB/CF), a Aedo simplifica e desburocratiza o processo de manifestação de vontade para doar órgãos.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância da doação de órgãos, enfatizando que o sistema ajudará a aumentar o número de doadores.
“Um doador pode doar muitos órgãos, tecidos. Muitas vidas são salvas com a nossa doação individual”, destacou a ministra.
Atualmente, 42 mil pessoas estão na lista de espera por um transplante no Brasil, incluindo 500 crianças. Em 2023, 3 mil pessoas faleceram antes de conseguir um doador.
O ministro Luís Roberto Barroso salientou que, além de simplificar o processo de doação, o Brasil é o quarto país em número absoluto de transplantes e que essa iniciativa visa a incentivar ainda mais essas doações.
Como se registrar
O interessado só precisa preencher um formulário através do aplicativo de celular “e-notariado” ou pelo site da Aedo.
Após o preenchimento do formulário, o tabelião agenda uma videoconferência com a pessoa interessada para confirmar sua vontade de ser doadora. Ambos assinam digitalmente a Aedo, que é então registrada em um banco de dados. Quando ocorre o falecimento do doador, o sistema notifica todos os médicos credenciados, que têm acesso à autorização.
Vinícius Oliveira, com informações do CNJ