Em contato com a redação do SeteLagoas.com.br o morador da cidade, Luciano Silveira fez um alerta quanto a questão do lixo jogado em lotes e construções da cidade.
De acordo com ele, uma das maiores dificuldades hoje na cidade é manter Sete Lagoas limpa, principalmente em função da falta de cuidado da população com os resíduos produzidos diariamente. Confira abaixo o email enviado por Luciano a nossa redação:
Um dos problemas de ordem administrativa de qualquer cidade nos dias de hoje, sem dúvida, é manter a cidade limpa. A começar pela cultura dos cidadãos que nem sempre procuram os caminhos corretos para se desfazerem dos “restos” de toda e qualquer espécie. Além da poluição visual, e recurso financeiro altíssimo, a degradação ambiental às vezes pode se tornar irreversível.
A população por sua vez cobra uma resposta prática das autoridades competentes, mas querem apenas a solução individual de uma estrutura falha. Aliás; o problema é global e não simplesmente de um indivíduo ou de um órgão administrativo.
Enquanto não começarmos a pensar que temos uma parcela de responsabilidade social, o problema vai ser sempre do “outro”. Mas se pensarmos bem, o problema é nosso e sempre vai ser, pois os resultados negativos de certas atitudes seja de quem for, afetam a todos.
Sem contar a questão de saúde e segurança, pois um dos problemas que podemos constatar em Sete lagoas, são os lotes vagos que além de servirem de esconderijo para infratores, são verdadeiros depósitos de lixos proporcionando uma proliferação enorme de pragas e animais.
A sociedade cobra do dono do terreno para que a manutenção e limpeza sejam executadas com freqüência. Mas quem joga lixo nos lotes vagos? São os próprios donos dos imóveis ou são outras pessoas e até mesmo os próprios vizinhos que posteriormente reclamam da situação?
É uma questão de bom senso que está se tornando uma dor de cabeça para os proprietários de imóveis dessa natureza. É certo que a administração da cidade tem que cobrar é do proprietário do imóvel a manutenção do terreno, mas e a poluição dos mesmos?É responsabilidade de quem?
Temos que tratar o problema na “fonte”. Querer apenas limpar a cidade depois de carregada de lixo é começar de traz para frente.
Não é um problema de ordem jurídica, mas sim de administração pública. Temos que acordar e começar a desenvolver projetos para esse tipo de situação que é agravante não só apenas em imóveis sem construção, mas nas próprias ruas e praças.
Faço uma pergunta. Se eu for à prefeitura hoje e tentar pagar um serviço de limpeza de um terreno urbano eu vou conseguir o serviço? Eu disse “pagar”, ou seja, contratar um serviço por meio de taxa ou alguma coisa semelhante. Seria uma via de mão dupla para a administração pública, que tem interesse em manter a cidade limpa e o proprietário do imóvel em igual proporção na sua esfera privada.
Fechamos os olhos e fingimos que estamos fazendo a nossa parte. Mas será que estamos fazendo mesmo?
“Uma nação sem educação é uma nação faminta!” Luciano Silveira
Vale lembrar, que a Prefeitura de Sete Lagoas orienta os moradores para, em casos de lotes sujos, como o do Bairro Canaan, a pessoa deve entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente, através dos telefones (31) 3771-9441 e 3776-9313. A partir do contato, a reclamação do morador será feita e protocolada. Logo em seguida, agentes irão se dirigir ao local para averiguação do imóvel.
Após a vistoria, será encaminhado um ofício, com o endereço do lote, para o setor de Cadastro e Rendas Imobiliárias da Prefeitura de Sete Lagoas, para verificação e localização do proprietário. O mesmo será notificado pela Secretaria de Meio Ambiente e deverá limpar o lote em 10 dias.
Da redação