Para reflexão
A fase classificatória do Módulo II do Campeonato Mineiro está chegando ao fim.
No próximo domingo serão conhecidos os 04 classificados para o quadrangular final e o segundo time rebaixado para a Terceira Divisão de 2014, já que o Uberaba é o primeiro a ter matematicamente sua queda decretada.
Ainda numa situação de indefinição, o Minas vai a Governador Valadares enfrentar o Democrata Pantera, em busca de um empate para chegar à segunda fase da competição.Ainda que perca, o Minas terá chances de se classificar, desde que o Betim não vença o Tricordiano marcando mais do que dois gols.
Pelos lados do João de Barro, a principal notícia da semana foi a surpreendente saída do treinador Wallace Lemos, que vinha fazendo um grande trabalho à frente da equipe.
Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas pessoas ligadas ao Minas afirmam que um desgaste entre o treinador e o presidente Geraldo Magela teria motivado a troca no comando técnico. Desfecho profundamente lamentável, que pode, inclusive, interferir diretamente na produtividade do time no Leste Mineiro, neste domingo. Tomara que não!
Pelos lados do Democrata, uma mistura de alívio e decepção: Alívio, porque o time não cai mais para a Terceira Divisão. Mesmo tendo apenas 06 pontos ganhos em 27 disputados (índice de aproveitamento de pouco mais de 20% dos pontos disputados), o Jacaré não poderá ser alcançado pelo Uberaba, lanterna do Grupo A, cuja campanha registrou um aproveitamento inferior a 10% dos pontos disputados.
Decepção, porque à véspera do Centenário (junho de 2014), o time não produz nenhum interesse no torcedor, que anda cansado de acompanhar os jogos na Arena do Jacaré, a maioria deles com resultados desastrosos para o time da casa.
Os elencos montados pelo Democrata nos últimos 04 ou 05 anos foram fraquíssimos e em que pese toda a dificuldade financeira encontrada, que, aliás, não é privilégio só do time de Sete Lagoas, a decepção toma conta dos torcedores.
Esgotados de torcerem por um time que não demonstra nenhum poder de reação e que trafega pela zona do marasmo há anos, a presença de público nos jogos tem sido cada vez menor: No último jogo em Sete Lagoas, contra o Uberlândia, na semana passada, apenas 54 testemunhas pagaram ingresso, proporcionando uma arrecadação de pouco mais de R$ 300,00.
Assim, fica humanamente impossível sobreviver num mundo em que o futebol profissional está cada vez mais mercantilista, sobretudo num Módulo II, onde a dificuldade para a captação de parceiros comerciais é maior em função da pouca exposição na mídia que tem a competição.
São alguns pontos que precisam ser analisados, refletidos e eliminados de uma vez por todas para que a torcida do Democrata tenha realmente motivos para comemorar o centenário do clube no próximo ano.
A maior competição do País
A primeira semana de abril foi marcada pelo início da Copa do Brasil, edição 2013.
Será a maior Copa do Brasil de todos os tempos, desde 1989, quando foi disputada pela primeira vez e vencida pelo Grêmio.
Esse ano o torneio conta com a presença de 86 clubes, sendo 13 debutantes, e o retorno dos times que disputam a Copa Libertadores da América (Atlético, Corinthians, Palmeiras, Grêmio, São Paulo e Fluminense).
Os maiores vencedores do torneio são Cruzeiro e Grêmio, com 04 conquistas cada um. Times tradicionais como Atlético, São Paulo e Botafogo nunca venceram a Copa do Brasil.
Por outro lado, equipes com pouca tradição como Criciúma, Santo André e Paulista de Jundiaí, já levantaram o troféu.
Realmente é um torneio diferente, em que nem sempre o melhor vence, mas para quem está na fila há muito tempo, querendo uma grande conquista, pode ser uma ótima oportunidade. Vale a pena investir e apostar!
Excesso de autoridade
Mais uma polêmica no futebol envolvendo a arbitragem: O técnico Marcelo Oliveira contestou a versão do árbitro Ronei Cândido Alves, que relatou na súmula da vitória do Cruzeiro sobre o Villa Nova, por 4 a 2, sábado passado, que o treinador celeste reclamou acintosamente e que ele ainda teria dito a seguinte frase: “apita essa b… direito”. O comandante celeste foi expulso no início do jogo em Nova Lima, fato que causou a ira da diretoria cruzeirense, a ponto do presidente do clube declarar que Ronei Cândido Alves não apitará mais jogos de sua equipe no Campeonato Mineiro.
O fato é complicado de ser comentado, pois não há testemunhas do possível insulto de Marcelo Oliveira ao árbitro da partida.
Neste caso, o conteúdo que o comandante do jogo anota na súmula, vira documento oficial e mesmo que não tenha tido essa atitude, se não conseguir provas testemunhais, ou de vídeo / áudio, Oliveira provavelmente sofrerá alguma punição nas esferas jurídicas do Tribunal da Federação Mineira de Futebol.
Aí fica no ar a seguinte pergunta: E se o árbitro estiver mentindo? Como isso será comprovado e a injustiça desfeita?
São situações como essa que abrem grandes precedentes no futebol, causando malefícios incalculáveis a todos os envolvidos.
Só existe um caminho: Treinamento, orientação, acompanhamento e profissionalização da turma que apita, pois do contrário, os abusos, as injustiças e os erros serão cada vez maiores no meio do futebol e demais segmentos esportivos.
Pouco tempo para arrumar a casa
Durante a semana, o técnico Luiz Felipe Scolari convocou os jogadores que vão participar do amistoso contra a Bolívia, neste sábado,6, às 16:30 ( horário de Brasília), no Estádio Ramon “Taihuichi” Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra, onde, ao contrário da maioria das cidades bolivianas, não há altitude. Algumas novidades aparecem na lista dos convocados, como os quatro atletas que disputaram o Sul-Americano sub-20, na Argentina.
Segundo as informações vindas do Rio de Janeiro, a comissão técnica da Seleção usou como critério prejudicar o mínimo possível as equipes que estão disputando competições e jogos importantes durante a próxima semana.
Um ponto interessante do amistoso foi informado pela Federação Boliviana de Futebol: A renda da partida será dividida entre a família do jovem Kevin Espada (morto no dia 20 de fevereiro durante jogo entre San José e Corinthians, pela Copa Libertadores da América) e os ex-jogadores campeões da Copa América de 1963 pela seleção do país.
Lamentavelmente, a seqüência do trabalho na Seleção Brasileira está comprometida, pois o time já foi mexido de forma incansável e acreditar que a dois meses da Copa das Confederações Felipão conseguirá dar padrão tático e entrosamento a esse grupo, é sonhar alto demais.
Aliás, os jogadores que atuam na Europa já não podem mais servir a Seleção do Brasil até o início do Torneio oficial da Fifa, em junho. Ninguém sabe quem estará em campo pelo nosso País, durante a disputa. Lamentável!
Eis a lista:
Goleiros:
Matheus Vidotto (Corinthians)
Jefferson (Botafogo)
Laterais:
Douglas Santos (Náutico)
André Santos (Grêmio)
Zagueiros:
Rever (Atlético)
Dória (Botafogo)
Dedé (Vasco)
Meio-campistas:
Jean (Fluminense)
Arouca (Santos)
Ralf (Corinthians)
Paulinho (Corinthians)
Jadson (São Paulo)
Ronaldinho (Atlético)
Atacantes:
Neymar (Santos)
Alexandre Pato (Corinthians)
Leandro Damião (Internacional)
Osvaldo (São Paulo)
Leandro (Palmeiras)
Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de Tv, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.