Tem que enxugar
A diretoria do Cruzeiro tem investido todos os recursos possíveis no departamento de futebol e os frutos já estão sendo colhidos, pois o elenco de 2013, embora ainda não tenha conquistado nenhum título, já é considerado bem superior aos que foram montados em 2011 e 2012.
Contudo, um trabalho eficaz e consolidado requer atenções especiais com as finanças e com gastos desnecessários. Ao que tudo indica, é assim que a atual diretoria está trabalhando.
Depois de emprestar o zagueiro Thiago Carvalho para a Ponte Preta até o final da temporada, o Cruzeiro não descarta a saída de outros atletas como uma espécie de enxugamento no atual grupo celeste para o restante do ano.
O zagueiro foi o terceiro jogador a ser emprestado pela diretoria celeste em virtude do grande número de jogadores. Anteriormente, o clube havia cedido Alisson ao Vasco, na negociação pelo zagueiro Dedé, e Ananias ao Palmeiras, em contrapartida pela contração do volante Souza.
Outro que pode deixar o Cruzeiro é Nirley. Com poucas chances com Marcelo Oliveira, o zagueiro pode também servir como “moeda de troca” em um futura negociação ou ser emprestado para que não fique sem ser aproveitado na Toca da Raposa. O volante Uelliton, com poucas oportunidades, pode aumentar a lista. O Cruzeiro contratou 17 jogadores para a temporada e vê seu grupo com um número de grande de atletas. Com a saída de Thiago Carvalho, agora o time celeste conta com 33 atletas no elenco profissional.
Ainda existe a possibilidade de pelo menos duas contratações durante o mês de julho, período da abertura da janela internacional de transferências. Pessoas ligadas ao clube falam sobre as possíveis chegadas de um lateral e um atacante. Com o grupo atual, o Cruzeiro já está credenciado a brigar pelos títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro. Se chegarem mais atletas de qualidade, o grupo poderá alcançar o status de favorito às conquistas de ambas as competições.
Como vai ficar em 2014?
A Copa das Confederações 2013, realizada aqui no Brasil foi cercada por vários protestos e inúmeras polêmicas. Além das manifestações populares e das reclamações de algumas das delegações que participaram do evento, como a da Itália que reprovou os horários de determinadas partidas e a da Espanha que declarou se sentir insegura com o nível dos hotéis oferecidos no País, outro assunto chamou a atenção e continua ganhando destaque na mídia nacional e internacional: O preço dos ingressos, considerados caríssimos e de difícil acesso para as classes menos favorecidas do Brasil.
A FIFA promete novidades para as próximas semanas, nesse sentido. O torneio do Brasil vai ter ingressos com preços mais baratos da história da competição. Haverá exceção apenas para a abertura do campeonato no Estádio do Corinthians em São Paulo, e a final, no Estádio Maracanã no Rio de Janeiro. Jerome Valcke, Secretário Geral da entidade declarou esta semana que 70% de todos os ingressos vão ter preços realmente baratos, ou quase populares.
Segundo projeções da Fifa, pelo menos 85% dos ingressos para os jogos da Copa do Mundo serão de torcedores comuns; o restante ficará com convidados, autoridades e imprensa. A Fifa começará a primeira fase de venda pela internet, provavelmente, ainda no segundo semestre de 2013.
Se o esquema de preços de ingressos da Copa das Confederações for repetido na Copa do Mundo, os brasileiros considerados assalariados terão poucas chances de comparecer aos estádios. Em média, cada bilhete do torneio recém-finalizado custou R$ 120,00.
Ficou também uma enorme reclamação sobre os preços dos itens de alimentação, dentro dos estádios, onde um copo d’água valia R$ 5,00 e um sanduíche, chegou a custar R$ 11,00.
Ainda sobre os ingressos, a Lei Geral da Copa, em tramitação na Câmara dos Deputados, define as regras básicas da política de venda dos ingressos para os jogos da Copa do Mundo de 2014. Algumas definições, porém, ficarão a cargo da Fifa.
As entradas terão quatro categorias, numeradas de 1 a 4, sendo a última a mais barata. Dos pouco mais de 3 milhões de ingressos da competição, pelo menos 300 mil terão que ser da categoria 4, de custo estimado em US$ 50,00 (R$ 85,00). As primeiras informações dão conta de que os ingressos da categoria 4 serão colocados a venda por meio de sorteios em que somente brasileiros poderão concorrer.
Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de Tv, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.