Apesar de todas as dificuldades econômicas enfrentadas pelos municípios brasileiros, que sofrem diretamente com o impacto da crise internacional, ainda podemos observar algumas cidades que buscam alternativas e parcerias com associações e empresas privadas e que na base da criatividade conseguem fazer algo a mais para a comunidade.
Um exemplo clássico disso é o que tem feita a Secretaria Municipal de Esportes, em Sete Lagoas. Embora haja total escassez de recursos, algumas obras simples, que demandam mais boa vontade do que grandes montantes financeiros, têm sido realizadas com muito sucesso: A reforma da quadra de esportes do bairro Progresso, a definição da data de início das obras para a reconstrução da quadra da Várzea, além da conclusão do projeto do Centro Esportivo do bairro Jardim dos Pequis, são apenas alguns desses exemplos.
Novas praças de esporte que irão abrigar inúmeras atividades e eventos para as diversas regiões da cidade. O problema, agora, passa a ser o de conscientizar as pessoas de cada região, a ajudarem na manutenção e conservação dos espaços.
Essa quadra do Progresso é um exemplo vivo da ação de vândalos, que insistem em depredar o patrimônio público, a troco de nada. Contando com as administrações anteriores, essa já deve ser pelo menos a quinta reforma realizada no bairro.
Se não houver conscientização de quem utiliza, não há projeto social que dê conta de atender a demanda, sobretudo quando o assunto é retrabalho, por mais e mais vezes!
Vai começar o circo
Pra quem gosta de esportes a motor e do mundo da velocidade, o final de semana reserva fortes emoções com o início da temporada 2015 de Fórmula I, na Austrália.
No ano passado, a temporada começou com uma certeza: Sebastian Vettel não era candidato ao título de 2014 e a RBR vivia o início de declínio em seu ciclo de vitórias e títulos, que culminaram com 04 títulos mundiais de pilotos e de construtores. O alemão não só disputou a taça como sequer venceu com o até bem nascido carro da Red Bull, mas com um motor Renault que esteve longe da eficácia do conjunto da Mercedes.
Agora Vettel vai guiar a Ferrari no lugar de Fernando Alonso, que voltou à McLaren, mas que não estréia na Austrália por conta do acidente mal explicado na segunda semana de testes em Barcelona. Para o lugar de Vettel, a Red Bull promoveu o russo Daniil Kvyat.
Tudo indica que 2015 será uma repetição do ano passado, com Lewis Hamilton e Nico Rosberg disputando um campeonato a parte, na briga interna por mais um título de pilotos. Os construtores deverão ficar, de novo e sem sustos, com a equipe alemã.
A Williams foi outra que manteve a ótima base do ano passado. Por isso, pode ser colocada como a nova segunda força do pelotão nas mãos de Felipe Massa e Valtteri Bottas, brigando com essa Ferrari de Vettel e Kimi Räikkönen e a Red Bull liderada pelo surpreendente Daniel Ricciardo. A McLaren Honda, ao que tudo indica, não é projeto para este ano. Parece que o ansioso Fernando Alonso terá de esperar um pouco mais para buscar o tão desejado tricampeonato mundial.
Com relação às outras equipes, a Lotus deve dar um bom salto com os Mercedes, mas ainda precisa evoluir muito. A Force India tem o melhor túnel de vento do mundo, o da Toyota, mas os problemas financeiros que atrasaram seu projeto vão colocá-la numa ordem inversa ao seu histórico: começar mal o ano e evoluir ao longo. A Sauber até pode ter melhorado o carro, mas dificilmente terá condições de desenvolvê-lo. O brasileiro Felipe Nasr é a novidade da equipe. A Toro Rosso não deve passar do que tem feito nos últimos anos e a Marussia deverá ocupar, novamente, os últimos lugares no grid de largada.
O GP da Austrália tem início previsto para a madrugada de sábado para domingo, às três horas da manhã, pelo horário de Brasília.
Confira o calendário completo:
1ª etapa) 15 de março – Austrália (Melbourne)
2ª etapa) 29 de março – Malásia (Sepang)
3ª etapa) 12 de abril – China (Xangai)
4ª etapa) 19 de abril – Bahrein (Sakhir)
5ª etapa) 3 de maio – Coreia do Sul (A confirmar)
6ª etapa) 10 de maio – Espanha (Barcelona)
7ª etapa) 24 de maio – Mônaco (Monte Carlo)
8ª etapa) 7 de junho – Canadá (Montreal)
9ª etapa) 21 de junho – Áustria (Spielberg)
10ª etapa) 5 de julho – Inglaterra (Silverstone)
11ª etapa) 19 de julho – Alemanha (Nurburgring)
12ª etapa) 26 de julho – Hungria (Budapeste)
13ª etapa) 23 de agosto – Bélgica (Spa-Francorchamps)
14ª etapa) 6 de setembro – Itália (Monza)
15ª etapa) 20 de setembro – Cingapura (Cingapura)
16ª etapa) 27 de setembro – Japão (Suzuka)
17ª etapa) 11 de outubro – Rússia (Sochi)
18ª etapa) 25 de outubro – Estados Unidos (Austin)
19ª etapa) 1º de novembro – México (Hermanos Rodríguez)
20ª etapa) 15 de novembro – Brasil (Interlagos)
21ª etapa) 29 de novembro – Abu Dhabi (Yas Marina)
Bom por um lado e ruim por outro
O empate por 1 x 1 entre Cruzeiro e Atlético, domingo passado, no Mineirão, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro, teve pontos positivos e negativos para ambas as equipes.
O resultado aumentou para nove partidas a série invicta do Galo, sobre o maior rival. A última derrota para o Cruzeiro, aconteceu no dia 28 de julho de 2013, por 4 a 1, pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, quatro dias após ter conquistado a Taça Libertadores, o então técnico Cuca, escalou uma equipe reserva no confronto. De lá pá cá, foram cinco vitórias do Galo e quatro empates, com destaque para os dois triunfos na final da Copa do Brasil de 2014.
Por outro lado, mesmo não tendo vencido, o Cruzeiro manteve a liderança isolada na fase classificatória do Campeonato Estadual. Quem termina a primeira fase na frente, tem as vantagens de jogar por dois resultados iguais e ainda decidir em caso, tanto nas semifinais, quanto numa eventual decisão. E foi usando esta vantagem que o Cruzeiro conquistou o título de 2014, após dois empates em 0 x 0 contra o Atlético.
Com relação ao público, como há três temporadas, cada time manda o seu clássico numa praça diferente. O Atlético manda suas partidas no Independência e o Cruzeiro no Mineirão. Por isso, os clássicos no gigante da Pampulha deixaram de ter as tradicionais arquibancadas divididas entre cruzeirenses e atleticanos. De lá pra cá, somente na inauguração do Mineirão o esquema meio a meio foi realizado. Desde então, o torcedor alvinegro sempre ficou em minoria absoluta no maior estádio de Minas Gerais.
Recentemente, com a realização de mais um clássico no estádio, o assunto voltou à tona. Enquanto os dirigentes do Cruzeiro mostraram-se abertos à diálogos e acordos para voltar com a tradição nos clássicos, o presidente atleticano Daniel Nepomuceno ainda disse achar difícil que aconteça em um futuro próximo. A polêmica, no entanto, parece não contar com o apoio de todo mundo no Atlético. O próprio treinador, Levir Culpi, passou os 90 minutos do último domingo ouvindo o torcedor alvinegro fazer uma festa bonita no Mineirão, mas limitada a pouco mais de mil pessoas.
O assunto é polêmico e promete ganhar novos capítulos. Bom senso, tolerância e capacidade de ceder para administrar os conflitos, são ingredientes que não podem faltar, para que o maior clássico do Brasil volte as suas origens, como sempre aconteceu durante mais de 90 anos.
Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.