O Minas Boca entrou em campo no sábado passado, pela última rodada da fase classificatória do Campeonato Mineiro do Módulo II com três alternativas possíveis dentro da competição.
Dependendo da combinação de resultados, o time poderia conseguir a classificação para o Hexagonal Final, poderia permanecer no Módulo II, ou ainda ter decretada a sua queda para a Terceira Divisão Estadual.
A derrota por 2 x 0 para o Social, em Coronel Fabriciano, deixou a equipe em condição de risco e uma eventual vitória do Ipatinga, frente ao América de Teófilo Otoni, em Itabira, faria com que o rebaixamento da equipe de Sete Lagoas fosse consumado.
Contudo, jogando a chance de classificação para a segunda fase do campeonato, o América não deu chances do time de Ipatinga e venceu por 3 x 1, garantindo a última vaga disponível para o Hexagonal Final.
Quanto ao Minas Boca, em função dos terríveis problemas técnicos, financeiros e estruturais ao longo da competição, a permanência na Série B Estadual, ainda que, não tenha conseguido avançar para a segunda etapa, foi motivo de comemoração, já que, ao fim do primeiro turno, o time ocupava a lanterna do Grupo B e a queda para a Terceira Divisão já era tratada como praticamente inevitável.
Os classificados para o Hexagonal final, que vai apontar dois times para a disputa na elite do futebol mineiro em 2017 foram: Uberaba, Mamoré de Patos de Minas, CAP de Uberlândia, Democrata de Governador Valadares, Nacional de Muriaé e América de Teófilo Otoni. Os rebaixados para a Terceira Divisão foram Patrocinense e Ipatinga.
Os resultados dos jogos da última rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro do Módulo II foram os seguintes:
Uberaba 1x 1 Patrocinense
Formiga1 x 4 Araxá
Mamoré2 x 1 CAP de Uberlândia
Social 2 x 0 Minas Boca
Ipatinga 1 x 3 América-TO
Democrata-GV1 x 1 Mamoré
Pelo regulamento da competição, ao fim da primeira fase, os três primeiros colocados de cada grupo se classificaram para o Hexagonal Final. O lanterna de cada chave foi automaticamente rebaixado para a Terceira Divisão Mineira. A classificação final da primeira fase foi a seguinte:
Deivid segue sobrando nos clássicos diante do Atlético
Perder clássico em Minas Gerais não é algo que faça parte da carreira Deivid, seja como atleta ou como treinador. Domingo ele enfrentou o Atlético pela quinta vez com as cores do Cruzeiro – a primeira como treinador. E o resultado não poderia ser outro: Vitória sobre o arquirrival em pleno estádio Independência.
O ex-centroavante enfrentou o principal oponente de sua equipe duas vezes em 2003, ainda como jogador. Na ocasião, venceu uma e empatou a outra. Ele ainda deixou a sua marca no duelo que terminou em triunfo cruzeirense. No ano passado, como auxiliar de Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes, ele obteve uma vitória e uma igualdade, respectivamente. Esta vitória também ocorreu no Independência (3 x 1).
Clássicos que Deivid defendeu as cores do Cruzeiro contra o Atlético:
15/2/2003 – Cruzeiro 4 x 2 Atlético (marcou um dos gols)
15/6/2003 – Cruzeiro 0 x 0 Atlético
06/06/2015 – Atlético 1 x 3 Cruzeiro (atuou como auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo)
13/9/2015 – Cruzeiro 1 x 1 Atlético (atuou como auxiliar técnico de Mano Menezes)
27/3/2016 – Atlético 0 x 1 Cruzeiro (atuou como técnico)
Com a equipe invicta, garantida na próxima fase do Campeonato Mineiro e com o primeiro lugar geral praticamente confirmado, o técnico Devid espera viver dias menos turbulentos à frente da equipe. Desde o início do ano, o treinador tem sofrido severas críticas de grande parte da torcida e de vários segmentos da imprensa também, mesmo com um ótimo índice de aproveitamento em partidas oficiais.
Tempo Esportivo
Não é a primeira vez que um jovem goleiro sofre ao defender a meta atleticana. Em 2005, o Galo tinha na sua base um dos melhores goleiros revelados pelo clube nos últimos anos.
Diego Alves, hoje na seleção brasileira, teve a primeira oportunidade no time profissional no campeonato mineiro daquele ano, contra a URT, na vitória por 4 a 1. No entanto, a grande prova de fogo foi contra o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, em seu segundo jogo como profissional, o goleiro falhou em dois gols, e os cearenses viraram a partida por 3 a 2, em uma partida que praticamente sacramentou o rebaixamento do Galo para a Série B.
Após o jogo, Diego Alves foi muito criticado e voltou ao gol apenas na reta final do ano seguinte, após a venda de Bruno. Novo dono da camisa 1 alvinegra, acumulou boas atuações, caiu nas graças da torcida e foi vendido para o futebol europeu no final de 2007.
A situação de Diego Alves pode se comparar a que Uilson está passando atualmente. Antes do clássico de domingo (27), tinha apenas dois jogos pelo Galo. Com Victor e Giovanni machucados, entrou no confronto contra o Cruzeiro e uma bola mal espalmada foi crucial no resultado adverso, a vitória do rival por 1 a 0, no Independência.
O aprendizado de Diego Alves está na memória do torcedor. Em vez do martírio, a torcida gritou o nome de Uilson logo após a falha. Os companheiros também deram muito força para o goleiro de apenas 21 anos, que agradeceu.
Apesar da falha e do resultado adverso, Uilson tem a confiança de todos e será o goleiro do Atlético enquanto Victor e Giovanni estiverem fora de ação, mesmo com o time perto de anunciar Lauro. Ele será o goleiro contra o Villa Nova, na próxima rodada do estadual, e diante do Independiente del Valle, pela Taça Libertadores na quarta-feira da semana que vem, no Equador.
Felipe Massa pode ter o seu melhor ano na Williams
A Williams joga boa parte das suas fichas nesta temporada no próximo GP, domingo, no Circuito de Sakhir, em Bahrein, segundo do campeonato. Explica-se: o modelo FW38-Mercedes de Felipe Massa e Valtteri Bottas foi projetado para que toda sua aerodinâmica funcionasse em função dos fluxos de ar determinados pelos novos bicos, curtos como o da Mercedes, e sofisticado aerofólio dianteiro.
A equipe não os usou na etapa de abertura do Mundial, dia 20 na Austrália, por não ter passado no teste de resistência da FIA. Nos treinos da pré-temporada, em Barcelona, o diretor técnico da Williams, Pat Symonds, disse que o carro a disposição de Massa e Bottas representava, na realidade, uma adaptação do modelo deste ano ao bico e aerofólio de 2015.
E por conta disso os resultados ficariam abaixo do esperado. Os estudos no túnel de vento davam indicações de melhora importante na performance com o novo conjunto aerodinâmico dianteiro.
A Williams faz segredo quanto ao avanço que os novos bico e aerofólio dianteiro podem significar. Mas por se tratar de um carro projetado para explorar o conceito do bico curto, como fizeram com grande eficiência Mercedes e Ferrari, é provável que Symonds e os dois responsáveis pelo FW38, Ed Wood e Jason Somerville, esperem algo próximo de oito décimos, quase um segundo a menos no tempo de volta.
A primeira etapa do calendário não costuma oferecer um panorama preciso do momento de cada escuderia. Mas está claro para Symonds, Massa e Bottas que a Williams, ao menos na configuração do FW38 de Melbourne, perdeu contato em relação a Ferrari e Mercedes, em vez de se aproximar.
Agora, com o novo conjunto aerodinâmico dianteiro, na hipótese de representar um progresso expressivo, essas diferenças relevantes impostas pelos adversários no Circuito Albert Park, há pouco mais de uma semana, poderão ser bem menores. A segunda corrida do ano será no Bahrein, no dia 03 de abril, ao meio dia, pelo horário de Brasília.
Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing