A Seleção Brasileira de futebol masculino viveu mais uma noite melancólica no último domingo. E novamente sob o aspecto negativo. Não só pela atuação diante do Iraque, que merece ser esquecida, mas por tudo que se passou no Estádio Mané Garrincha. As vaias já não serviram mais para a torcida protestar. No empate por 0 a 0, o público de Brasília chegou a aplaudir lances da equipe adversária e gritar o nome de Marta, camisa 10 do time feminino e eleita a melhor jogadora do mundo por cinco vezes.
Nem se a partida fosse em Bagdá, capital do país adversário, o Brasil enfrentaria pressão parecida. Para uma equipe que claramente pecou pela ansiedade na estreia diante da África do Sul e que apresentava sinais de abalos emocionais, nada seria pior.
Se no primeiro jogo na Olimpíada, na semana passada, ainda houve a desculpa de que o time criou bastante expectativa embora a bola não tenha entrado, desta vez não houve qualquer tipo de argumento que fosse capaz de acalmar o torcedor.
Individualmente a equipe de Rogério Mikale também tem sido um fiasco na competição: Demonstrando nervosismo, Neymar errou muito, não conseguiu chamar o jogo e falhou até nos momentos em que tentou animar a torcida e não foi atendido. Ao final, cabisbaixo, teve de ouvir o público gritar “Iraque” e ainda se recusou a conceder entrevista aos repórteres brasileiros.
Independentemente do desfecho nesta edição dos Jogos Olímpicos, o futebol masculino do Brasil precisa ser totalmente revisto e reinventado. Desde a Copa do Mundo de 2014 o time não apresenta qualquer tipo de novidade. Um grupo previsível, sem jogo coletivo, sem inspiração e agora, já não contando mais com a empatia do torcedor. Em toda a história, talvez nunca tenhamos presenciado um momento tão desastroso e sem perspectivas de crescimento!
Primeiras equipes confirmam presença na Copa Eldorado 2016/2017
O mês de agosto começou movimentado nos bastidores do futebol amador de Sete Lagoas e região. Mesmo ainda distantes quase 4 meses do início da 25ª Copa Eldorado de Futebol, várias equipes já sinalizam com participação na principal competição avulsa da região. Pela movimentação inicial, de diversos dirigentes, ainda que de forma informal, a edição 2016/2017 deverá ter um número recorde de equipes de cidades adjacentes, além das tradicionais agremiações de Sete Lagoas, transformando a Copa Eldorado, em termos práticos, numa verdadeira copa regional.
Cidades como Capim Branco, Funilândia, Prudente de Morais, Matozinhos, Paraopeba, Baldim, Jequitibá e Santana de Pirapama já demostraram interesse em participar da Copa. De Paraopeba, por exemplo, já está confirmada a participação do Hermanos, 4º colocado na última edição. A equipe terá como patrocinadora máster a empresa Bazar Esporte, que aliás estará presente também no fornecimento de material esportivo para vários times de Sete Lagoas. O Lagoa de Santo Antônio, de São Vicente também deverá retornar, bem como o Vitória de Fazenda Velha. Times tradicionais de Sete Lagoas também já se movimentam para a disputa do campeonato: Bangu, CAP do Progresso, River, Eldorado, Santa Helena, Bosque, União São João, União Bernardo Valadares, Fluminense, Corinthians, Vila Real, Ideal, Bela Vista, Uberlândia, Montreal, Embrapa, dentre outros, deverão se inscrever em setembro, assim que o período de cadastramento dos interessados for aberto.
Se esse grande número de participantes de outros municípios for confirmado, a Copa Eldorado poderá entrar numa nova era, transformando-se, quem sabe, num atrativo campeonato de futebol regional e desempenhando um papel que outrora foi executado por competições como a Copa AMAV e o antigo Torneio Regional, que era coordenado pela Liga Eclética Desportiva de Sete Lagoas.
De acordo com a direção da Rádio Eldorado, as inscrições para a edição que marcará as “bodas de prata da Copa Eldorado” deverão se iniciar em meados de setembro.
Demais informações podem ser obtidas diretamente na emissora, através do telefone (31) 3772-0244.
Matemática aponta caminho para a salvação do futebol mineiro
O campeonato brasileiro, com sua atual fórmula de dois turnos disputados por 20 equipes, torna-se um excelente problema para se discutir probabilidades. Vale lembrar que são dois turnos, cada um com 19 rodadas de 10 jogos. Assim, o campeonato completo tem 380 jogos. Se não nos preocuparmos com saldo de gols, mas apenas em separar os resultados em vitória, empate ou derrota, teremos 380 “sorteios” com três alternativas cada. Isso dá um total de 3380 “campeonatos” diferentes. Para se ter ideia, o número de resultados possíveis em apenas uma rodada é 310 = 59.049.
Todos que gostam de futebol devem concordar que há uma diferença conceitual entre a loteria esportiva e outras loterias numéricas (ou jogos com dados). Nas loterias numéricas acreditamos que todos os números envolvidos no sorteio são equiprováveis (têm a mesma chance de ser sorteado). Já na loteria esportiva, os jogos comumente têm favoritos e “zebras”, ou seja, há uma distribuição desigual da probabilidade entre os possíveis resultados. É com este tipo de problema que nos deparamos ao tentar tratar o Campeonato Brasileiro de Futebol probabilisticamente.
Dito isso, no contexto atual e levando-se em consideração os históricos dos clubes nas edições anteriores do Campeonato Brasileiro, desde 2003, quando se iniciou a disputa através da modalidade de pontos corridos, nos deparamos com os seguintes parâmetros:
Para ser campeão um time deverá alcançar a marca de pelo menos 72 pontos, podendo levantar o caneco com 70, ou ainda com improváveis 68 pontos.
O quarto lugar, que garante vaga na Copa Libertadores da América (Pré-Libertadores), pode ser garantido até com 61 pontos, mas o patamar da tranquilidade gira em torno de pelo menos 63.
Já o 13º lugar, última posição que classifica uma equipe para a Copa Sul-Americana do ano seguinte deverá ser conquistada por quem alcançar, em média, entre 47 e 49 pontos. O drama do rebaixamento para a Série B de 2017 deverá ser evitado pelas agremiações que atingirem um mínimo de 45 pontos, mas há registros, ao longo dos anos, de times que se mantiveram na Série A com até 43 pontos. Quanto mais embolada a briga por posições na parte de baixo da tabela, mais alta será a necessidade de pontuação para se salvar da degola.
Seguem os números atualizados do Campeonato Brasileiro de 2016:
Probabilidade de título após a 18ª rodada:
Times / Probabilidade (%)
Corinthians: 18.0
Palmeiras: 18.0
Flamengo: 16.0
Atlético: 16.0
Santos: 14.0
Grêmio: 12.0
Outras equipes: 6.0
Probabilidade de rebaixamento após a 18ª rodada:
Times / Probabilidade (%)
América: 93.6
Cruzeiro: 64.9
Santa Cruz: 50.0
Botafogo: 35.3
Coritiba: 31.9
Vitória: 23.2
Internacional: 23.2
Figueirense: 22.3
Sport: 16.0
Chapecoense: 11.1
São Paulo: 10.3
Dança das cadeiras na Fórmula I
Vários pilotos entraram no período de férias da Fórmula 1, no final de julho, com o futuro indefinido na categoria, especialmente do meio para o final do pelotão, que ainda tem muitas vagas disponíveis. Um deles é Felipe Nasr, que se mostra confiante de que seguirá na categoria pelo menos por uma terceira temporada.
O brasileiro negocia sua permanência na Sauber, cuja situação financeira melhorou significativamente depois da venda para um grupo de investimentos suíço. Mas os representantes do piloto também aguardam a definição de equipes com maior poderio econômico, como Williams e Renault. Ambos os times ainda não confirmaram nenhum piloto para a temporada 2017.
Outra possibilidade para Nasr é a equipe Haas, na qual seu empresário, Steve Robertson, vem conversando. Como Romain Grosjean tem contrato para a próxima temporada, a vaga seria a de Esteban Gutierrez. O mexicano declarou que acredita estar garantido para o ano que vem, mas deixou em aberto por qual equipe poderia correr.
Felipe Massa também não tem o futuro assegurado. O piloto brasileiro vem repetindo nas últimas provas que, caso não encontre uma equipe competitiva, pode deixar a categoria ao final da temporada.
Contra Felipe, além de questões comerciais, pesam também os sucessivos resultados negativos acumulados ao longo da temporada 2016. O brasileiro teve uma grande queda de produtividade nas últimas provas e já vê o seu companheiro na Williams, Valtteri Bottas, ter uma performance bastante superior numa equipe em que a disputa é aberta e não há qualquer tipo de favorecimento para piloto “A” ou “B”.
O Campeonato Mundial de Fórmula I retorna com o Grande Prêmio da Bélgica, 13ª etapa de 2016, no dia 28 de agosto.
Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing