1º Tempo
A Confederação Brasileira de Futebol mantém o discurso cauteloso quanto o retorno do futebol no Brasil. A entidade deixa a cargo de cada federação estadual os retornos, ou não, das competições estaduais, e não garante data para o início dos campeonatos nacionais. “Nós não temos a data onde isso pode acontecer, até porque a logística da competição nacional é muito mais complexa, o sistema aéreo está praticamente paralisado. Não há Série C, Série B e Série A sem uma malha aérea muito consistente”, explicou Walter Feldman, secretário geral da CBF. O dirigente, por outro lado, nega que tenha qualquer chance de cancelamento no momento. Feldman acredita que podem haver “pequenas adaptações”, mas as fórmulas das competições, inclusive nas Séries C e D, devem ser mantidas. “Nesse momento, não há nenhuma alteração estrutural no modelo. Os ajustes que eu digo são aproveitamento de datas que podem ser feitas no final do ano, período em que normalmente não tem jogo que é entre natal e ano novo, quem sabe utilizar algumas datas em janeiro e fazer uma redução do espaço entre as partidas. Mas cancelamento ou mudança estrutural em campeonato nacional, não temos no nosso ângulo de visão”, projetou.
Agora, é preciso aguardar o desenrolar dos fatos e como se dará a operacionalização dois processos esportivos, porque até mesmo nos treinamentos, as equipes já estão enfrentando dificuldades relacionadas com a pandemia do novo coronavírus.
2º Tempo
No final de semana passado o Atlético revelou, através de um comunicado, que o equatoriano Cazares testou positivo para o novo coronavírus. O equatoriano está assintomático, e foi liberado dos treinos. O Galo, porém, não é o único a contar com algum atleta nesta situação. Nos rivais América e Cruzeiro também forma encontrados atletas infectados. No caso do Coelho, o jovem Matheusinho divulgou, em suas redes sociais, que contraiu a Covid-19, mas que se recupera bem. Apesar da omissão do clube sobre o caso, o jogador está afastado e não tem participado de atividades no CT Lanna Drumond. Na Raposa também teve quem testasse positivo. O atacante Vinícius Popó foi diagnosticado com o vírus. Em nota, o time celeste revelou que o atleta, assim como os demais citados, segue assintomático e foi liberado dos treinamentos. A agenda de atividades dos três clubes, porém, não foi alterada. Os mineiros alegam que estão seguindo todos os protocolos sanitários divulgados pelas autoridades de saúde. O Campeonato Mineiro, paralisado desde o início de março, dificilmente vai retornar neste ano e, pela primeira vez, a Federação Mineira de Futebol trabalha com essa hipótese. O América, líder da competição no momento da paralisação, pode ser declarado campeão. O grande problema para a realização do restante da competição é a falta de datas disponíveis, já que no segundo semestre a tendência é de que haja uma sequência frenética de jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro.
Mas, a situação da pandemia também atinge outros clubes tradicionais Brasil afora. Mais de três semanas depois dos primeiros resultados de testes de coronavírus, realizados pelo Flamengo, a divulgação dos exames pelo Vasco fechou o primeiro ciclo de bateria de testes no futebol carioca. Até agora, dez clubes fizeram testagens, num número total de 841 exames.
Deste total conhecido, são 157 resultados positivos – a maioria é assintomática e já apresentou anticorpos (está imunizada). Destes positivos, são 44 atletas. O índice neste pequeno universo do futebol do Rio de Janeiro é de 18,6% entre todos os testados.
O Vasco e o Bangu, com 30% e 31%, foram os clubes que tiveram maior percentual de casos positivos. Entre os atletas, é o clube de São Januário o que mais apresentou positivo em testes de coronavírus – foram 19 atletas ao todo, sendo três desses já imunizados. No total, com 75 positivos, o Vasco representa 47,7% entre quase 900 testes no futebol carioca.
Como já dissemos em outras oportunidades, a COVID-19 não escolhe classe social, cor de pele, grau de instrução, ou qualquer outro parâmetro. Neste sentido, estamos todos no meio da mesma tempestade!
Para conter o vandalismo e aumentar a segurança, Ginásio Dr. Márcio Paulino receberá adequações
Foi realizada na semana passada, uma vistoria no ginásio poliesportivo Doutor Márcio Paulino, na praça da Feirinha do Centro de Sete Lagoas, com o objetivo de propor adequações que protejam o local de vandalismo. A tradicional praça esportiva do município está em fase final de reformas e, recentemente, foi invadida e teve várias vidraças danificadas.
A Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura, em parceria com a Secretaria Municipal de Obras, Segurança, Trânsito e Transporte, avaliam a possibilidade de instalar grades de proteção nas janelas. Além disso, as obras que se encontravam paradas, devido a alguns ajustes propostos pela empresa vencedora da licitação, serão retomadas.
Novos vestiários, substituição das estruturas elétrica e hidráulica, refletores e pintura nova no piso fazem parte do cronograma de melhorias que estão sendo realizadas. Segundo o secretário adjunto de Esportes, Fabrício Fonseca, brevemente o local estará no ponto de inauguração. “Estamos ansiosos para ver o nosso ginásio prontinho para oferecer oportunidades ao esporte de alto rendimento. Precisamos recuperar nossa tradição de revelar talentos e, quem sabe, fazer Sete Lagoas ser referência no esporte nacional novamente”, comentou.
Copa Libertadores
Em meio a pandemia do novo coronavírus, a Conmebol divulgou um comunicado em abril, oficializando o prazo inicial de suspensão de seus principais torneios: até o dia 5 de maio. Com a Copa América adiada para 2021 e a Libertadores parada desde o dia 12 de março, a Entidade disse estar em constante comunicação com os clubes do continente, solicitando a todos que sigam os protocolos de prevenção para a pandemia da Covid-19. Apesar da primeira estimativa da instituição, o retorno da Libertadores e Sul-Americana não aconteceram e estão condicionados à evolução do combate ao vírus na América do Sul.
O que se sabe é que a entidade segue trabalhando com vários planos e que tem um esboço de calendário para a retomada das competições no segundo semestre.
No caso da Copa Libertadores, o entendimento é que para as 11 datas restantes (quatro da primeira fase + seis de oitavas, quartas e semifinais + uma da decisão), já incluindo a final em jogo único a ser realizada no Maracanã, no Rio de Janeiro, seriam necessárias pelo menos 15 semanas.
A Conmebol, presidida pelo paraguaio Alejandro Domínguez, vê como improvável que se consigam 11 semanas seguidas com partidas apenas de Libertadores e Sul-Americana – por conta dos campeonatos nacionais de cada país.
Nos bastidores, comenta-se que a Conmebol entende os diferentes estágios da pandemia do coronavírus nos dez países do continente e avalia que dá para voltar com as disputas em setembro e encerrá-las ainda em 2020. Contudo, existe também a hipótese de a final ser jogada apenas em 2021, em janeiro, se necessário.
Há ainda um consenso de que não será realizado o Mundial de Clubes em dezembro, previsto para acontecer o Catar, país-sede da Copa do Mundo de 2020. A competição é organizada pela Fifa.
Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, ex-narrador e ex-repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.