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Álvaro Vilaça

Coluna/ Tempo Esportivo / Morte anunciada

A passagem de Diego Aguirre pelo Atlético durou pouco mais de cinco meses. Contratado em dezembro do ano passado como técnico do time para a temporada 2016, o uruguaio se desligou do clube após a eliminação traumática para o São Paulo, na Copa Libertadores.  

Diego Aguirre não comanda o Atlético Mineiro / Foto: GloboesporteDiego Aguirre não comanda o Atlético Mineiro / Foto: Globoesporte

Os reais motivos do pedido de demissão de Aguirre ainda são uma grande incógnita. Algumas semanas atrás, segundo o próprio treinador, ele já havia pedido para se desligar, mas teria sido convencido pelo presidente Daniel Nepomuceno a seguir no cargo pelo menos até o fim da participação da equipe na Libertadores. 

Foi a terceira eliminação do Galo na temporada, que antes de cair na Libertadores, já havia perdido a final do Campeonato Mineiro e ficado somente na fase de grupos da Primeira Liga. Com um elenco caro e cheio de opções, o rendimento do time estava abaixo do esperado, e o descontentamento da torcida foi ficando patente, com uma pressão cada vez maior sobre o trabalho do uruguaio. 

Além disso, a preferência por Patric no meio campo ou no ataque, mesmo com opções do setor à disposição, a ausência de Cazares em jogos importantes da Libertadores e a decisão o Mineiro diante do América e os constantes rodízios entre titulares e reservas, dificultando a melhoria do entrosamento, foram outros fatores que fizeram com que o técnico caísse em descrédito com o torcedor. 

Em 31 jogos no comando do Atlético, Aguirre conquistou 16 vitórias, 07 derrotas e 08 empates, com 54 gols marcados e 27 sofridos. 

O bom filho a casa torna!

Após quase oito anos trabalhando fora do clube que o revelou para o futebol profissional, Marcelo Oliveira está de volta ao Atlético e, se tudo der certo, ele volta para ter vinda longa na Cidade do Galo, já que assinou contrato com a diretoria até 31 de dezembro de 2017. 

Marcelo Oliveira de volta ao Galo / Foto: Bruno Cantini  Marcelo Oliveira de volta ao Galo / Foto: Bruno Cantini

Com início nas categorias da base, o técnico dirigiu o elenco principal em 53 jogos, num misto de trabalhos como interino e efetivo. As passagens em anos conturbados no clube deixaram o aproveitamento abaixo do alcançado por Marcelo nos trabalhos seguintes. 

Levando-se em consideração suas seis passagens no comando da equipe, o índice de aproveitamento foi de apenas 46,54% dos pontos disputados. Para conquistar o Campeonato Brasileiro, por exemplo, o novo treinador terá que melhorar o seu aproveitamento histórico para cerca de 70%, média dos campeões nos pontos corridos desde 2003, quando começou o formato atual de disputa. 

A última passagem de Oliveira pelo Galo foi em 2008, ano em que Alexandre Kalil assumiu o clube, após Ziza Valadares renunciar ao cargo de presidente. No fim daquele ano, o treinador foi comunicado de que não teria o seu contrato renovado. Na época, Kalil fez o seguinte comentário: “Quero um treinador que me poupe um pouco do futebol. Quero um treinador que lidere a equipe e que me faça ir ao CT a passeio”, declarou,numa alusão óbvia à falta de confiança em Marcelo. 

Ao todo, Marcelo dirigiu o time em quatro oportunidades como treinador interino. Na primeira vez, em 2002, esteve à frente da equipe em três jogos (1V; 1E; 1D), com aproveitamento de 44,44%. Em 2006, 2007 e 2008, o treinador voltaria ao banco de reservas do Galo em mais três partidas. Empatou com Guarani e Goiás em 2006 e 2008, respectivamente e venceu o Fluminense em 2007. 

Embora tenha sido um dos principais jogadores da história do Atlético, por ironia do destino, foi no rival, Cruzeiro, que ele viveu seu apogeu como técnico de um grande clube. 

Na equipe cruzeirense Marcelo conquistou dois campeonatos brasileiros e um mineiro, mas, de forma incompreensível, foi demitido após um início ruim do Brasileirão e a eliminação para o River Plate, na Copa Libertadores da América de 2015. Incompreensível, porque do time campeão, dirigido por ele em 2014, cerca de sete titulares haviam sido negociados pela diretoria no começo daquela temporada. Com o elenco desfigurado, Marcelo Oliveira acabou “pagando o pato” pelo previsível ano ruim que o clube teve em 2015. 

O último trabalho de Marcelo foi no Palmeiras, onde permaneceu por nove meses. E os números do técnico, apesar do título da Copa do Brasil, não foram muito positivos. Em 51 jogos, conquistou 22 vitórias, 11 empates e 17 derrotas, um aproveitamento de 51,3%. 

O desempenho de Marcelo a frente do Palmeiras, mesmo comum elenco mais qualificado, foi pior do que os seus antecessores, Gilson Kleina, que comandou o clube de 2012 até 2014, e teve 54,2% de aproveitamento, com 32 vitórias, 13 empates e 22 derrotas e Oswaldo de Oliveira, que alcançou 17 vitórias, sete empates e sete derrotas, com aproveitamento de 62,3%. 

Para finalizar, uma questão segue sem explicação efetiva: Pouco mais de duas semanas após ter recusado uma proposta do Cruzeiro, o que teria acontecido para que Marcelo mudasse de ideia sobre permanecer no Brasil e aceitar justamente a proposta do arquirrival do clube em que fez história como treinador, ao se sagrar bicampeão nacional? Como diria um filósofo da antiguidade, “o esporte é uma guerra sem armas”! Jamais saberemos os mais minuciosos detalhes que acontecem nos bastidores dos grandes clubes de futebol profissional, seja no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo! 

Novos tempos 
O Cruzeiro vive novos tempos desde a chegada do técnico Paulo Bento. Dentre as várias novidades apresentadas por ele, uma das primeiras ficou por conta da decisão de morar fora da Toca da Raposa II.

O português escolheu um hotel na região da Pampulha, próxima ao CT do clube e ao estádio Mineirão, para fixar residência. E o motivo é simples: A esposa Teresa Bento, com a qual é casado há 26 anos, está se mudando para o Brasil também.
 
Ele começou como técnico nos juniores do Sporting de Portugal / Foto: Pedro Vilela / Light PressEle começou como técnico nos juniores do Sporting de Portugal / Foto: Pedro Vilela / Light Press

Se, por um lado, o treinador tem a companhia de sua esposa na Toca da Raposa II, por outro, não estará ao lado das filhas. Presentes nos jogos do pai desde os tempos de atleta, elas permanecerão estudando e não virão para o Brasil. 

No aspecto profissional, Bento também tem um estilo bem diferente da maioria dos treinadores brasileiros: Ele começou como técnico nos juniores do Sporting de Portugal, após o fim da carreira como atleta, em 2004. No primeiro ano conquistou o campeonato nacional da categoria, e o bom trabalho realizado nas camadas jovens valeu-lhe a chamada à equipe principal, onde substituiu José Peseiro, em outubro de 2005. Comandou a equipe principal por quatro temporadas e depois foi técnico da seleção portuguesa entre 2010 e 2014. 

Adepto de um sistema de 4-4-2 em losango, Bento se notabilizou pelo estilo “sargentão” e disciplinador que não olhava nomes: Chegou a afastar o brasileiro Liedson, uma das grandes figuras do Sporting, durante um período do elenco principal.Além de “durão”, transformou-se em homem polêmico, que chegou a ser acusado de estar tumultuando o futebol do país, com constantes críticas às arbitragens. 

Na sua carreira, também foi responsável pelo lançamento de vários jogadores jovens. Durante os cinco anos em que esteve no comando técnico do Sporting, Bento lançou talentos como Rui Patrício, Miguel Veloso, Nani e Pereirinha, jogador que atualmente joga no Brasil, pelo Atlético-PR.

Longe do interesse do povo 
Um ano se passou entre a Copa América realizada no Chile e a que começa no início do próximo mês nos Estados Unidos. Da seleção brasileira que parou nos pênaltis contra o Paraguai nas quartas de final e a que tentará o título da disputa em comemoração ao centenário da Conmebol e do próprio torneio, muita coisa mudou. 

O treinador levou para os Estados Unidos sete jogadores com idades para tentar o ouro inédito pelo Brasil / Foto: DivulgaçãoO treinador levou para os Estados Unidos sete jogadores com idades para tentar o ouro inédito pelo Brasil / Foto: Divulgação

Apenas dez jogadores que fizeram parte daquele grupo estão entre os atuais 23 convocados pelo técnico Dunga.
Os remanescentes são: O lateral-direito Daniel Alves, o zagueiro Miranda, o lateral-esquerdo Filipe Luís, os meio-campistas Elias, Casemiro, Willian e Phillipe Coutinho e o atacante Douglas Costa. Além do lateral-direito Fabinho e do zagueiro Marquinhos, ambos com idade olímpica e presentes nas convocações para as duas Copas América. 

Poderiam ser 11, mas Neymar não estará nos Estados Unidos, pois terá de descansar agora por exigência de seu clube, o Barcelona, para então defender a seleção olímpica nos Jogos Olímpicos do Rio. 

A Olimpíada que se aproxima teve algum reflexo na mudança do grupo comandado por Dunga. O treinador levou para os Estados Unidos sete jogadores com idades para tentar o ouro inédito pelo Brasil, para observá-los, testá-los e, de certa forma, já ir preparando-os para os Jogos. 

Mas há outro fator que influiu na alteração do grupo. Vários jogadores que foram ao Chile em 2015 foram descartados pelo treinador e sua comissão técnica. Podem até ter nova chance na seleção, mas tudo indica que não em um futuro muito próximo. 

Dunga não comentou as mudanças por atacado. Mas não se cansa de dizer que, na seleção, jogador que bobeia perde o lugar. Para ele, que está em situação desconfortável pela fraca campanha da seleção nas Eliminatórias, o que importa no momento é montar time, e grupo, que se mostre capaz de obter bons resultados. 

O treinador e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deveriam também se preocupar com a falta de interesse do público em geral, quando o assunto é a seleção. Não raro, encontram-se pessoas que nem sabe da disputa dessa tal Copa América Centenária e muito menos sobre o grupo de atletas que irá representar o Brasil no campeonato. Tempos melancólicos e sofríveis de um futebol pentacampeão do mundo!

Bairro do Carmo ganha praça esportiva revitalizada
A Prefeitura de Sete Lagoas, através da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SMEL) tem estabelecido importantes parcerias e desenvolvido projetos de grande utilidade para a população adepta às práticas esportivas. 

Campo do Serrinha / Foto: Divulgação / PMSL Campo do Serrinha / Foto: Divulgação / PMSL

Exemplos não faltam: Inúmeros polos do projeto Mexa-se, implantação de dezenas de academias ao ar livre, colocação de arquibancadas no Campo do CAP (bairro: Progresso), construção e reforma de várias quadras poliesportivas nas mais variadas regiões da cidade, dentre outros.

Esta semana foi confirmada a data de inauguração das melhorias executadas no Campo do Serrinha, bairro Carmo. O local, um dos mais tradicionais na prática de atividades ligadas ao futebol amador de Sete Lagoas, recebeu as seguintes melhorias: Reforma e pintura de alambrados, construção de arquibancadas e reforma dos lances antigos, colocação de escada na cabine de imprensa e pintura em geral.

A Secretaria de Esportes programou para o dia 05 de junho, domingo, a entrega das obras à comunidade local. Será na mesma data da finalda Copa de Futebol de Veteranos Centenário Jaime Domingos Rosa.
Segue a programação:
8h30 - Decisão terceiro lugar - União Orozimbo x Real Bouganville
10h – Cerimônia de reinauguração do Estádio Jaime Domingos Rosa (Campo do Serrinha).
10h30 - Decisão do título - São Paulo x Bosque
A Rádio Eldorado de Sete Lagoas, mantendo a tradição de apoiar os eventos locais, já confirmou que irá transmitir a decisão do torneio, um dos mais importantes do calendário esportivo de Sete Lagoas.





Álvaro Vilaça é formado em Comunicação Social e Marketing, apresentador de TV, narrador e repórter esportivo da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, Diretor de Programação e Coordenador de Esportes da Rádio Eldorado e do Jornal Hoje Cidade. Também é o responsável pela coluna de Esportes do Jornal Notícia e é professor de Negociação, Compras e Marketing das Faculdades Promove de Sete Lagoas. Pós-Graduado em Administração e Marketing.

 


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