Para as cores, o preto surge inabalável junto a outras várias opções fortes e igualmente escuras, como é o caso dos marrons e cinzas. Dando o tom da temporada, metalizados ganham os tecidos tecnológicos e os ecologicamente corretos.
Ainda nos devaneios da moda, o efeito tromp l’oeil (engana olho) domina as passarelas com peças que brincam com o olhar. São falsas sobreposições, falsos bordados e recortes imaginários. Detalhes que enriquecem as roupas. Para as modelagens, shapes estruturados e linhas geométricas. Energia e impacto são as palavras da estação.
Eleita o melhor da temporada, a calça cenoura (larga nos quadris e justa nas canelas) apareceu em praticamente todas as passarelas, tomando o espaço dominado pela calça saruel durante o auge do verão. Mas tais modelos não saem de cena e aparecem discretamente em alguns momentos. Dê adeus, no entanto, a calça skinny que cristalizada no guarda-roupa feminino perde seu caráter de novidade.
Nas marcas jovens estilistas se esquecem das cores e jogam numa gama de possibilidades levemente adultas, tanto nas modelagens quanto nos conceitos. E se os mais novos amadurecem, a mulher se renova.
O inverno 2009 é tempo para a volta da sensualidade da mulher que por vezes deixada de lado ganha força e se transforma em feminilidade exposta ora de forma fetichista, ora de maneira extremamente sexy. A moda masculina ainda inspira o guarda-roupa feminino, porém de forma mais discreta e menos opressiva. A alfaiataria das meninas ganha asas e modelagens próprias.
A moda brasileira expôs sua esperança, sua sincronia com o tempo em que está inserida. Dessa forma as roupas podem ser encaradas, novamente, como uma ferramenta de ação contra as dificuldades da atualidade.
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