Usamos roupas desde que nascemos, de forma obrigatória. Bom ou ruim, aprendemos a gostar do que trajamos e quase que automaticamente acumulamos muitas e muitas peças dentro do guarda-roupa. No meio de um acervo tão grande de blusas, calças, jaquetas e pijamas, uma enorme quantidade de inutilidades: peças que nem mesmo notamos que existiam por ali, aquelas que desaparecem no fundo da gaveta e só são lembradas no dia da mudança. Isso não pode, e nem deve, continuar.
Com tanto apego aos itens de vestuário, começamos a guardar inutilidades por criarmos vínculos de afetividade com coisas que são dispensáveis, desnecessárias. É aquela calça que não cabe mais, aquele vestido furado, aquele calçado old-fashion que você jura que vai usar na próxima estação. Esqueça. Chegou a hora de praticar o desapego.
Praticar o desapego requer esforço, boa vontade e coração aberto. Não encare como uma bobagem, mas sim como algo que terá reflexos na sua vida como um todo. Abrir mão de entulhos é uma forma de criar espaço físico e mental para que coisas novas, e boas, entrem na sua vida. Algo velho se vai, algo novo que vem.
Num dia tranqüilo, e calmo, comece observando tudo o que há dentro do seu guarda-roupa, ou closet. Veja as peças que você muito usa, aquelas que usa uma vez ou outra e, por fim, o que você nunca utiliza; separe estas últimas e comece pensando em que oportunidade você usará tal item. Não invente desculpas, não se engane pensando que você vai emagrecer ou engordar… saiba que quando você alcançar o corpo que tanto almeja, tudo o que mais vai querer são roupas novas e atuais – nada de velharias.
Abstraia de tudo aquilo que você não usa há mais de seis meses, com exceção de roupas de festa e peças de frio extremo. O que fazer com as roupas que você não quer e nem vai mais usar depende de você. As opções são muitas: bazar, brechó, doação… Só não se esqueça que o que não é bom para você, pode ser ótimo para o próximo. Talvez o desapego seja, ainda, uma forma de fazer uma boa ação!
Com esse novo espaço em seu guarda-roupa, você vai conseguir enxergar melhor tudo o que possui. Talvez perceba, ainda, que precisa de um jeans novo ou de uma clássica camisa branca – já que a sua estava mais pra amarela.
Praticar o desapego com as roupas pode ser um bom exercício para trabalhar o desapego em outras esferas de sua vida. Não precisamos de muito para vestir bem, já que o essencial é ter poucas e boas peças que proporcionem um número bom de composições. Vale o velho ditado: qualidade antes de quantidade.
AMANDA MEDEIROS
Consultora de Estilo
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