Com o mercado de trabalho atual aquecido, nem sempre o motivo da demissão parte da empresa, mas sim do funcionário que tem interesse de ser demitido e com isto gera uma condição para ser demitido formalmente.
Mas é bom lembrar que quanto mais você entender a realidade de suas demissões anteriores, mais fácil será a conquista, permanência e sucesso nas próximas oportunidades.
É comum acontecer demissão porque o “candidato ficou bom demais para a empresa” evoluiu mais do que o cargo exige e a empresa não tem mais interesse ou como bancar o salário de mercado dele, o certo é analisar as próximas oportunidades alinhadas por esta direção.
Desatualização – Os alvos são, sobretudo profissionais que foram considerados aptos em rigorosas seleções de recrutamento, mas que não atendem mais às metas e ao perfil da empresa, é bom ficar atento ao que o mercado está exigindo em relação a sua atuação, mesmo que a empresa que você está ou esteve, exigiu menos em sua função/atuação a qualquer momento ela alinhará com o mercado atual.
Comportamentos e atitudes inadequados, pesquisas apontam que na geração Y (até 30 anos) 51,3% das demissões são diretamente ligadas pelo comportamento, a sugestão é sempre analisar a cultura da organização, rever como é seu trabalho em equipe, observar a freqüência de envolvimento em conflitos, dificuldades de relacionamento e inflexibilidade. Sempre que possível informe-se com os gestores ou chefes ou colegas de trabalho.
Baixo desempenho. O mercado está mais competitivo, as margens estão menores e a busca por lucro e resultados está difícil. Por esse motivo, o baixo desempenho é cada vez menos admitido e a demissão por esse motivo cresceu, se você tem interesse em permanecer em uma vaga, tem que ficar atento quanto ao seu desempenho, satisfatório exigido pela sua função que podem variar de uma empresa para outra.
Se é certo que haverá cortes para contenção de despesas, pergunte ao seu chefe, o que você pode fazer para permanecer na vaga, provavelmente, só não vai adiantar se já demonstrava baixo desempenho e é considerado um profissional naquela circunstancia desnecessário. Quanto mais competente e capacitado melhores são suas chances. Excesso de segurança! Cuidado isto pode indicar nada mais do que acomodação, os acomodados serão os primeiros.
Em um processo seletivo que pode variar de cargo, função ou empresa, havendo demanda o mínimo de candidatos por vagas de entrevista são três por cada uma, ou seja, mesmo sendo escolhido após a triagem que envolve cruzamento de informações e análise de currículos, para participar da entrevista você ainda tem dois concorrentes, a importância de entender sua trajetória profissional também pode ser decisiva nos processos seletivos incluindo o momento da entrevista.
Prefiro considerar esta matéria como uma chamada a auto-análise profissional com base nas últimas demissões, pois trata-se de um assunto extenso e com vários pontos a serem observados não citados. Só de percebermos o quanto o mercado de trabalho mudou nos últimos anos já é o motivo suficiente de atenção, mesmo com um aquecimento do mercado de contratações as exigências e escolhas dos melhores candidatos continuam valendo.
Uma observação que não deve ficar fora da reflexão é que nem sempre fica claro o real motivo da demissão quando ela parte direto da empresa, podendo levar o candidato a respostas prejudiciais em suas ações nas futuras oportunidades. É bom ficar atento, quanto a sua profissão/função/cargo comparando sempre o exigido no mercado atualizado, se possível tente entender como era o seu dia a dia profissional no(s) ultimo(s) emprego(s), sua carreira e atuações comparando com o exigido no momento. Para esta reflexão alem de analisar seu(s) último(s) desempenho(s), trabalho(s) em equipe é valido também conversar com ex-chefes, ex-colegas e com a própria consciência.
Breno Boges é Bacharel em Administração pela UNIFEMM – Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas pela faculdade SENAC – BH – Consultor RH – Especialista em Gestão estratégica de Pessoas. Consultor em Sete Lagoas e região, da Rede de Recrutadores do Brasil. Administrador da agência APOLO – www.APOLO.srv.br