ENTREVISTA DE EMPREGOS
Preparado por Fora e por Dentro
Embora seja um assunto mais que debatido e pesquisado, quero colocar a entrevista de emprego sob a ótica da preparação básica. Os inúmeros artigos, textos e dicas acessados pela web, não correspondem ao grande número de incidências de despreparos de candidatos que muitos até possuem perfil de esclarecimento e formação, gerando a pergunta: Por que ainda cometem deslizes tão simplórios no contexto geral, mas comprometedores no processo seletivo?
POR FORA
Participar de uma entrevista de emprego é um momento formal, requer observação nos detalhes pertinentes as vestimentas, apresentação e postura, independente da vaga e cargo é necessário se adequar para o momento. Poderia listar inúmeras dicas, mas o mais coerente é seguir o bom senso e saber definir vestimentas do dia a dia, da festa, das ocasiões mais formais e para o emprego.
Para as mulheres
Nada de decotes, mini saias, roupas que reforçam a sensualidade. Fique atento ao penteado, perfume em excesso, maquiagem inadequada. Para ser quase infalível é muito importante a candidata observar bem o perfil da vaga e a cultura da empresa antes da entrevista. Se você vai participar de uma entrevista para atendente bancária, é simples: dê uma passada no banco e olhe bem como uma atendente daquele banco se veste, não precisa vestir igual, mas da para se ter uma idéia do que não é permitido.
Para os homens
Observe bem a vaga, o perfil do cargo e principalmente a cultura da empresa, só assim é possível errar menos. Nada de bermudas, camisetas, bonés, barba e cabelos por fazer. Já entrevistei jovens que detestam sapatos, há cargos que não é permitido o uso de tênis, isto vale para a camisa social, a calça jeans, o brinco etc.
Lembre-se a empresa não pretende desrespeitar seu estilo, apenas quer contratar um profissional que tenha o perfil o mais próximo possível da vaga, e isto inclue as vestimentas, parte dos padrões da cultura da organização.
POR DENTRO
Não adianta vestir se bem e adequado se por dentro não condiz com o ideal para o cargo e a cultura da empresa. A auto-estima, velha e debatida em todas as palestras é uma das principais mais observadas, nenhuma empresa quer contratar um candidato desmotivado, mas motivação não é tudo, características do candidato que o define como pró-ativo, criativo, organizado, comunicativo, ousado, planejado são pertinentes e decisivas nos processos seletivos.
É bom ficar atento porque os RHs além das entrevistas tentam identificar um pouco quem é você também nas redes sociais, vidas desregradas socialmente (excesso de festas e baladas), senso de humor desregrado caracterizando discriminações, excesso de criticas sem mensurar conseqüências caracterizando irresponsabilidade e insensatez são motivos de sobra na decisão entre dois candidatos.
Fiquem atentos, não são apenas as competências técnicas que aprovam o candidato, normalmente as empresas não relatam detalhes de suas reprovações referentes a posturas e vestimentas inadequadas, dificultando o candidato a corrigir-se.
Uma regra vale para ambos, quando o entrevistador está diante do candidato ele tenta imaginar como é o candidato no dia a dia ocupando o cargo, mas não adianta se alinhar corretamente para a entrevista e nos dias que sucedem o período de experiência, não existe nada daquele candidato que você conheceu na entrevista.
Vou finalizar este texto com um inusitado fato que ocorreu comigo, no dia 14/09/012 participando do ABRH na Praça, evento realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos, na Praça Afonso Arinos em Belo Horizonte. O evento reuniu na Praça 12 tendas, para orientação profissional, análises de currículos, cadastros para empregos, palestras, emissão de CPF e outros serviços para a sociedade.
Após orientar diversos visitantes do encontro, aproximou se de mim um homem, com cerca de 38 anos, aparentava ser um andarilho, pois se encontrava muito sujo, carregava uma coberta suja nos ombros e um saco em suas mãos. Ali conversamos um pouco, expliquei o que acontecia nas diversas tendas do evento e ele me confessou ser um morador de rua por opção a mais de 5 anos em Belo Horizonte, não entrei muito em detalhes sobre sua opção, após conversarmos um pouco, servi-o um copo de água e ele me disse: Sabe porque ando assim? Eu respondi, não sei. Ele disse: Para ser morador de rua você tem duas opções: Você pode aparentar um mendigo ou malandro. Não entendi e questionei, por quê? Posso ir até aquela praça, lavar minhas roupas, lavar meus cabelos penteá-los, vestir algumas roupas novas que ganho, mas se andar assim por ai, sou sempre incomodado pela desconfiança das pessoas, da policia e ainda não ganho ajuda de ninguém. Retornei de BH com esta frase ditas por aquele homem, Sou morador de rua por opção, prefiro aparentar um mendigo a um malandro, mesmo não sendo nenhum dos dois. Para muitos ficou fora do contexto, mas é muito forte e inquietadora a frase para o texto e o assunto de hoje, mas gostaria de dividi-la com você, pois nos remete a reflexões diversas de nós mesmos.
Breno Boges
Bacharel em Administração pela UNIFEMM – Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas pela faculdade SENAC – BH – Consultor RH – Especialista em Gestão estrategica de Pessoas
Consultor em Sete Lagoas e região da Rede de Recrutadores do Brasil.
Adminitrador da agência APOLO – www.APOLO.srv.br