Muito se discute dentro das academias sobre o tempo para se obter os benefícios da musculação. Neste contexto, umas das primeiras perguntas que o aluno faz ao professor quando chega à academia é: quanto tempo você acha que vou precisar para obter os primeiros resultados?
Bom, em primeiro lugar, o que o aluno considera como resultado? Que tipo de melhora ele espera?
A resposta para essa pergunta depende muito do que o aluno espera como benefício, no entanto, na maioria das vezes o resultado esperado é hipertrofia muscular com perda de gordura (principalmente entre os jovens). Sabe-se que a melhora da qualidade de vida aparece logo nas primeiras sessões da atividade física, mas, hipertrofia muscular, emagrecimento e o aumento da capacidade aeróbia demoram um pouco mais.
Infelizmente, com o objetivo de captar os alunos que nas academias são os “clientes”, alguns professores ou instrutores fazem uma avaliação física e conseguem responder aos alunos quantificando o tempo para a melhora do desempenho. O que ocorre com isso é que o aluno passa a acreditar que com aquele tempo sugerido, vai conseguir o objetivo no qual se propõe e quando os resultados não aparecem de forma rápida, acaba abandonando a atividade.
A melhora do rendimento, seja de força, capacidade aeróbia, flexibilidade, hipertrofia e outros, dependem de muitas variáveis que fogem do controle do professor, além da pré-disposição genética do indivíduo (merece um tópico especial) e daí a impossibilidade de predizer cronologicamente o tempo para a melhora do desempenho.
Hipertrofia prometida em curto prazo provavelmente vai se transformar em frustração e o que devemos fazer é ter uma disciplina (merece outro tópico especial) e traçar os objetivos com médio e longo prazo. Enquanto isso, o ideal é aproveitar os benefícios iniciais da atividade física que envolvem o bem estar e a qualidade de vida.
Lembre-se: exija sempre um profissional capacitado.
Emerson Rodrigues Pereira (CREF 13880 G) é graduado em Educação Física no UNI-BH (2006), pós graduado lato sensu em Nutrição Humana e Saúde UFLA(2007) e em Treinamento Esportivo pela UFMG (2008). Atualmente faz curso de mestrado em Ciências do Esporte na UFMG e está envolvido em pesquisas científicas relacionadas à Fisiologia do Exercício com ênfase em termorregulação, metabolismo e fadiga.