O desempenho nas modalidades esportivas depende de fatores psicológicos, do meio ambiente e da composição genética do praticante, dentre outros fatores.
Não é raro ouvirmos comentários do tipo: não consigo hipertrofiar por fatores genéticos, não melhoro a capacidade aeróbia devido à “genética ruim”.
Bom, em primeiro lugar, não podemos dizer que a genética é “ruim” e sim que temos uma característica diferente. Também não podemos negar que fatores genéticos estão relacionados diretamente com o consumo máximo de oxigênio (VO2máximo), que por sua vez é um dos preditores da capacidade aeróbia. Além disso, a nossa composição de fibras musculares também tem relação com o desempenho nas modalidades esportivas. Fibras do tipo I estão relacionadas a um melhor desempenho em modalidades esportivas de longa duração e de grande resistência aeróbia (ex. maratona) e fibras tipo II têm maior capacidade de hipertrofiar e promover ganho de força e velocidade e por isso, atletas com um maior percentual de fibras tipo II tendem a obter um melhor resultado em provas de curta duração e com grande exigência de força e velocidade (ex: corrida de 100 metros, natação 50 metros).
Essas observações são visíveis quando comparamos atletas de elite. Dificilmente iremos encontrar um campeão olímpico na corrida de 100 metros com a composição corporal de um maratonista sendo o inverso também verdadeiro.
Embora a genética tenha uma grande participação no desempenho nos esportes, não devemos deixar de citar a importância de um bom programa de treinamentos, que somente deverá ser prescrito por um profissional formado em Educação Física. Os grandes campeões reúnem uma genética favorável para aquela modalidade, uma boa alimentação e um bom programa de treinamento, lembrando que o descanso também deve fazer parte do programa semanal de treinamento.
Lembre-se: Procure um profissional capacitado.