Olá pessoal, andei meio sumido aqui da coluna, mas vamos que vamos.
Bato sempre em uma tecla com vocês, sair da poupança e buscar novas oportunidades no mercado.
Hoje, mais uma vez, vou comentar com vocês sobre o tesouro direto. Da minha última publicação, ocorreu uma pequena alta na nossa taxa básica de juros (SELIC), que subiu 0,25 pontos percentuais, passando a taxa para 7,5% ao ano.
Nada de muito considerável então continuo indicando oportunidades indexadas à inflação.
Abaixo mando informações referentes ao tesouro direto que julgo importantes (Com informações de Exame.abril.com.br).
1 – Conheça as características dos títulos
O Tesouro Direto é uma plataforma online do Tesouro Nacional para que o pequeno investidor possa comprar diretamente, via corretora, títulos públicos. Hoje, existem basicamente dois tipos de títulos: as letras, de prazos mais curtos, e as notas, de prazos mais longos.
Esses títulos se subdividem em:
– Pós-fixados: são as Letras Financeiras do Tesouro (LFT). Sua remuneração é atrelada à taxa básica de juros (Selic), atualmente em 7,50% ao ano. Beneficia-se de um cenário de alta de juros, pois quando a Selic sobe, a remuneração sobe, e vice-versa.
-Prefixados: são as Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Notas do Tesouro Nacional-série F (NTN-F), que pagam uma rentabilidade acordada no ato da compra. São bons para cenários de juros em queda, pois fixam a remuneração no ato da compra, protegendo o investidor de um corte futuro na Selic.
– Indexados à inflação: são as Notas do Tesouro Nacional-série B (NTN-B), que pagam um juro prefixado (acordado no ato da compra) mais a inflação pelo IPCA, o índice oficial do governo. São bons para cenários de juros em queda, principalmente quando a inflação, ainda que controlada, esteja alta e ameace o poder de compra do investidor.
2 – Fique com os títulos até o vencimento
Como são papéis de renda fixa, os títulos do Tesouro têm formas de remuneração predefinidas. Se você precisar resgatar o dinheiro, é possível vendê-los todas as quartas-feiras, o que garante a esses papéis alta liquidez.
Ocorre que o valor dos títulos também oscila no tempo. De acordo com as mudanças de cenário econômico e de previsões do mercado, os títulos podem se valorizar ou desvalorizar. Assim, se você os regatar antes do vencimento, e seus títulos estiverem em um momento de baixa, é possível até perder dinheiro.
Ao montar uma carteira de títulos, o investidor consegue perceber as oscilações. Para não correr risco algum de ser afetado por elas, o melhor é se programar para efetuar os resgates apenas quando os títulos vencerem. Nesse caso, você garante a rentabilidade combinada no ato da compra.
Note ainda que você pode obter remunerações antes disso. As notas, que são títulos mais longos, pagam uma remuneração a cada seis meses, o chamado cupom. Ele cai na sua conta, e você pode reinvesti-lo ou não.
3- Defina objetivos e prazos
Investidores mais experientes podem se aproveitar das variações nos preços dos títulos para lucrar mais. No ano passado, por exemplo, quem comprou NTN-Bs de longo prazo no início do ano e as manteve na carteira apenas até o fim de 2012 chegou a ter rendimento de 50%.
Para não correr risco de perder dinheiro em hipótese alguma, o investidor deve tentar resgatar o dinheiro apenas no vencimento do título, ou perto dele.
4- Atenção aos custos
O investimento no Tesouro Direto só pode ser feito por meio de corretoras, e para facilitar a vida é tentador permanecer na corretora do seu próprio banco. Contudo, a maioria das corretoras cobra uma taxa de administração para essa operação, que se soma a uma taxa de custódia obrigatória de 0,3% ao ano, paga à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Junto com o imposto de renda, essas cobranças afetam a rentabilidade dos títulos. Portanto, convém buscar a corretora mais econômica possível para não acabar se igualando ou até perdendo da caderneta de poupança. Ao menos no caso das LFT, que assim como a poupança, também têm a remuneração atrelada à Selic.
Além disso, quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido, menor a alíquota de IR e maior a rentabilidade. Aplicações de até 180 dias pagam 22,5% de IR sobre a rentabilidade; de 181 a 360 dias, 20,0%; de 361 a 720 dias, 17,5%; e acima de 720 dias, 15,0%.
Há corretoras que não cobram taxa de administração, devendo o investidor pagar apenas a taxa de 0,3% ao ano de custódia à CBLC, além do IR. No cenário atual de juros, para que as LFT permaneçam mais vantajosas que a poupança em qualquer prazo, a corretora não deve cobrar taxa de administração de mais de 0,3% ao ano.
Os maiores bancos brasileiros, por exemplo, cobram mais que isso. Você pode conferir quanto cobra cada corretora no site do Tesouro Direto.
Bom pessoal, qualquer dúvida ou sugestão para a coluna, me coloco inteiramente à disposição.
Um grande abraço a todos.
Felipe Campolina é Sócio/Diretor da Vanguard Investimentos, afiliada XP Investimentos. Assessor de Investimentos e especialista em mercado financeiro. Certificado pela ANBID, ANCORD e PQO Bovespa. Mestrando em Administração de Empresas.