Dizem que não é bom criar muita expectativa, ainda mais quando o resultado daquilo que esperamos não depende só de nós. Assim como nós brasileiros, o mundo também espera os novos rumos da continuação do governo “PT” no comando do Brasil para os próximos quatro anos.
Em um cenário tão adverso para alguns segmentos da economia, uma das propostas do novo governo foi à manutenção do emprego. Parece ser até contraditório quando se analisa estatisticamente, já que quem gera grande parte dos empregos são as empresas e não somente o poder público. Manter o emprego é, portanto, consequência da manutenção das empresas.
Se comparado o número de funcionários públicos que chega a 6% da população com o número de eleitores das eleições de 2014 que totalizou 141.824.607. Constata-se que, 132 milhões de eleitores têm a sua mão-de-obra absorvida pelas empresas.
Realmente, as empresas possuem um papel importantíssimo, na forma pela qual o governo pensa em conduzir economicamente o Brasil nos próximos anos. É neste contexto que entram as empresas atuantes no comércio exterior.
Sendo assim, fica a questão: qual é a proposta do governo para a política externa do país e o que o comércio exterior espera do novo governo?
Durante a campanha, a proposta do governo “PT” foi de “manter uma política externa priorizando as relações com a América do Sul e América Latina, além dos países africanos e asiáticos, mundo árabe e as novas potências dos Brics, o acrônimo que une Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além disso, as relações com o Mercosul e a Unasul serão fortalecidas”.
No âmbito regional existe grande preocupação quanto à necessidade de se manter as relações com o Mercosul – blocoeconômico do qual o Brasil faz parte – além de maior liberdade comercial com os países sul-americanos.
De fato, uma postura que pode beneficiar principalmente a indústria automobilística, metalúrgica e alimentícia, visto que Argentina, China e o mundo árabe, por exemplo, estão na pauta da política externa do país. Preocupa saber qual será a postura do governo quanto às relações comerciais com os Estados Unidos e à União Europeia, ainda pouco sinalizada nas propostas políticas.
Por outro lado, o comércio exterior espera por questões mais pontuais e urgentes, como maiores investimentos na agroindústria e em toda a cadeia logística para melhor escoamento da produção; modernização dos portos; intensificar os investimentos públicos e privados no parque industrial e uma desburocratização das operações de comércio exterior.
O que o comércio exterior espera do “próximo atual” governo é a possibilidade de se desenvolver com toda a infraestrutura necessária, aumentandoassim a visibilidade do país no exterior e, consequentemente, ajudando o país a desenvolver economicamente.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
FETECSP. Disponível em: http://www.fetecsp.org.br/index.php?option=com_content&view =article&id=150:servidores-publicos-nao-chegam-a-6-da-populacao-no-brasil&catid=47:bandeira-de-luta&Itemid=78. Acesso em 03 Nov 2014
TSE. Disponivel em: http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2014/Maio/justica-eleitoral-registra-aumento-do-numero-de-eleitores-em-2014. Acesso em 04 Nov 2014
BBC. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/02/140210_politica_externa_dilma_cc
Franciney Carvalho é graduado em Administração com ênfase em Comércio Exterior pelas Faculdades Promove e pós-graduado em Logística pela UNA. Professor de Comércio Exterior nos cursos de Administração, Logística e Contabilidade no Centro de Formação e Aperfeiçoamento Profissional – CEFAP.