Hoje vou escrever sobre uma das minhas peregrinações gastronômicas.
Recentemente visitei um novo restaurante em uma cidade de Minas, bem interessante. Boa proposta, vendia a idéia de produtos de qualidade, atendimento diferenciado. Bom, lá fui eu com minha amada conhecer o local.
Chegando lá, horário de almoço, algo em torno de 13h, fomos muito bem recebidos pelos garçons. Serviço cordial e educado. “Ponto pra eles” pensei…
Fomos convidados a conhecer a casa, realmente de muito bom gosto. A casa estava razoavelmente vazia então optamos por uma mesa na área externa.
Pedimos uma cerveja (para combater um pouco o forte calor), uma água mineral e o cardápio. A bebida foi prontamente servida, cerveja gelada e água natural, mas o cardápio… nada.
Aguardamos mais 15 minutos. Observamos algumas pessoas se retirando sem almoçar…
Eis que o garçom nos informa que o cardápio ainda estava sendo impresso e que o mesmo mudava diariamente. Nos ofereceu duas opções de entrada, descrevendo os pratos sem, entretanto, informar o valor a ser pago por cada um.
Optamos por aguardar mais um pouco, afinal gostaríamos de saber o quanto pagaríamos pelas nossas opções, além de conhecer o todo do que a casa nos oferecia.
Após 40 minutos, bastante indignados, recebemos o tal cardápio. As entradas oferecidas pelos atendentes eram algumas das mais caras num universo de seis opções. Escolhemos uma que achamos mais interessante.
Neste meio tempo, chega um outro atendente com um copo com gelo. Pede desculpas e informa que a casa estava sem gelo. Isto às 14h15…
Bom, chegou a entrada, bem saborosa apesar de ser pequena.
Pedimos a seguir dois pratos e mais duas cervejas.
Desta feita tudo veio bem mais rápido. Pratos razoáveis, mas um tanto desequilibrados em termos de sabor. Alguns elementos, como por exemplo, um punhado de cebola roxa sobre a carne, estavam muito fortes e a musseline um tanto ácida para o meu gosto.
Questionado pelo atendente sobre o prato, informei que o sabor dos dois elementos estava estranho. Em alguns minutos o mesmo retornou dizendo que a cebola havia sido refogada em molho roti, mas que era só de enfeite (???) e que a musseline era assim mesmo.
Diante das respostas, a solução foi pedir a conta (meio salgadinha para o que recebemos) e rumar para a sorveteria da esquina para uma sobremesa.
Pergunto, um restaurante não deveria estar preparado para receber seus clientes com cardápio, bebida gelada e ser cortês ao receber críticas?
Bom, para refrescar as idéias, que tal uma deliciosa salada?
Salada de camarão e kani com maçã, cenoura, ervilha e nozes
Ingredientes:
100g de camarão cozido
1 maçã verde em cubos
6 bastonetes de kani desfiado
1 talo de aipo filetado
1 colher (sopa) passas branca
4 colheres (sopa) cenoura ralada
2 colheres (sopa) ervilha fresca
2 colheres (sopa) maionese
4 colheres (sopa) creme de leite fresco
1 limão (suco)
Sal e pimenta (a gosto)
Modo de preparo:
Em uma vasilha, coloque a maionese, o creme de leite, o suco de limão, o sal e a pimenta. Misture tudo e reserve na geladeira. Agora, acrescente todos os outros ingredientes e, por último, o molho. Misture até ficar na consistência desejada. Se quiser optar por uma receita light, no lugar da maionese coloque um copo de iogurte natural.
Bom apetite!!
Henrique Burd é Chef do Ateliê da Cozinha, com experiência em gastronomia internacional, consultoria, gestão e treinamento na área.