O número de pessoas afastadas por burnout nunca foi tão alto no Brasil. Mas muita gente tem uma dúvida: se estou afastado, posso ser demitido? A resposta é que depende.

Se o afastamento for pelo INSS, com atestado médico e mais de 15 dias de licença, a empresa não pode te mandar embora enquanto você estiver recebendo o auxílio-doença.
Quando voltar ao trabalho, ainda tem estabilidade de 12 meses se o INSS reconhecer que o burnout é uma doença ocupacional. Isso significa que, durante um ano, a empresa não pode te demitir sem justa causa.
Mas aqui vem o problema: muitas empresas não querem reconhecer que o burnout foi causado pelo trabalho. Se o INSS não aceitar o pedido como doença ocupacional, você perde essa estabilidade. E tem empresa que tenta forçar o funcionário a pedir demissão ou faz pressão para que ele volte antes da hora.
O que fazer então? Primeiro, busque seus direitos. Guarde todos os documentos médicos e, se a empresa tentar te forçar a sair, procure um advogado trabalhista. Burnout é coisa séria, e ninguém merece ser descartado depois de adoecer por causa do trabalho.
Se sua empresa quer te mandar embora, que seja pagando tudo o que a lei manda. E se você já está nesse limite, talvez seja hora de pensar se vale a pena continuar num lugar que destrói sua saúde.
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Psicóloga Especialista em Saúde do Trabalho
https://isabelamartins.com/
@belamartinssss