“Eu sempre dei conta de tudo sozinho!” Será? Certo dia, escutei essa frase de um líder e hoje quero provocar meus queridos leitores sobre esse tema: dar conta de tudo sozinho.
Algumas pessoas, com uma sede incrível de mostrar seu potencial de trabalho – o que, em certa medida, considero plausível – acabam centralizando inúmeras funções e responsabilidades sobre si mesmas. Algumas realmente não têm quem as ajude, mas quero provocar a reflexão entre trabalhadores, líderes, empreendedores, gestores e empresários que sempre se colocam na posição de ter o controle de tudo, centralizando em si todo o poder de resolução de inúmeros problemas de sua ocupação.
O problema é que, enquanto você se dedica ilimitadamente, assumindo todas as tarefas sem pausa, sem critério, sem delegar e sem buscar ajuda, inevitavelmente entrará em um ciclo de “corrida dos ratos” ou será como um “cão que corre atrás do próprio rabo” sem sair do lugar. O mais perigoso nisso é a sobrecarga de trabalho e os danos que ela pode causar, apenas pelo fato de você se achar tão bom que não pode delegar, contratar ou pedir “socorro” para o colega ao lado.
A sobrecarga de trabalho e a temida Síndrome de Burnout (doença ocupacional causada pela exaustão extrema no trabalho) podem surgir quando alguém se sente totalmente capaz de realizar tudo sozinho. Isso também pode levar à exaustão e ao adoecimento.
O objetivo aqui é conscientizar e alertar que, por mais que você ame o que faz, existe um limite entre dar conta de tudo sozinho e, na prática, esse excesso de perfeccionismo resultar em adoecimento mental, além de desencadear doenças psicossomáticas, como dores estomacais, fibromialgia e aquela maldita enxaqueca que tanto incomoda nos dias de alto estresse.
Minha provocação hoje é para que você pare de tentar ser tão perfeccionista e tenha a humildade de reconhecer que seu trabalho pode ser delegado, ensinado ou terceirizado para outra pessoa. A centralização excessiva, mesmo que você goste do que faz, pode se tornar um conta-gotas enchendo seu copo de saúde mental até transbordar em doenças físicas e emocionais. Além disso, ao invés de controle, essa atitude pode demonstrar insegurança.
Portanto, se o volume do seu trabalho cresceu, não centralize tudo em você. Humildade é reconhecer que precisamos de apoio e suporte de outros profissionais. Descentralize, delegue, contrate! Quando a depressão, a ansiedade e o Burnout chegam, eles te paralisam, e então você perceberá que o único controle que terá será o da TV, mudando de canal, entediado por estar em casa, afastado por um atestado médico.
Se precisar de orientação profissional sobre o tema, fale comigo!
Juliana A. M do Canto, psicóloga.
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