Assistindo ao Gre-Nal do final de semana, fiquei me questionando o quanto o nosso clássico, Cruzeiro e Atlético, perdeu em importância. Talvez, devido as péssimas gestões do clube de Lourdes, o time do Barro Preto conseguiu prevalecer nos últimos cinco anos.
Não digo isso sem argumento ou números. Basta olhar a classificação dos dois times no Campeonato Brasileiro da Serie A, apenas na era dos pontos corridos. Em todas as temporadas, o time azul ficou na frente do Atlético, que inclusive, amargou o rebaixamento.
Mas voltando no derby gaucho. Estávamos acostumados a ver o Grêmio sobressaindo na década de 1990, com notoria supremacia no sul e também nacionalmente. De quatro anos para cá, a equipe do Internacional conseguiu vários títulos expressivos, inclusive, um Mundial em cima do Barcelona.
Colocando títulos, patrimônio, torcida e elenco em disputa, tudo se iguala em Porto Alegre. Mas clássico é isso. Clássico é equilíbrio. Aqui em Minas, como se nota, em pleno ano do centenário do Atlético, o Cruzeiro prevalece.
É triste ligar o rádio e escutar um programa nacional de esportes e ouvir todos os grandes clubes brasileiros, de menos do Galo. Programas de TV fechada então, nem se fala. Infelizmente, para o Brasil, o time alvinegro está no mesmo nível de Coritiba, Atlético Paranaense, entre outros.
Acho que aquela famosa frase “em clássicos não existem favoritos” está com seus dias contados em BH. No próximo jogo entre Cruzeiro x Atlético, todos nós saberemos quem é o favorito da partida. Só espero que na capital mineira, o nosso maior espetáculo não se transforme em Manchester City x Manchester United. Que continue a ser um Gre-Nal.