Mas o Grande Prêmio do Brasil foi sensacional. De ponta a ponta. Com chuva, sem chuva. Equipes trabalhando a todo vapor nas trocas de pneus e de reabastecimento. Sem nenhum erro por parte das scuderias. O show era mesmo dos pilotos na curvas de São Paulo.
E Massa deu o primeiro grito. Liderou a prova desde o início, com uma boa largada. Hamilton se manteve. Sempre esteve nas posições que o deixavam com o título, até que dois alemães tomaram conta do espetáculo.
Sebastian Vettel, a maior revelação da categoria no ano, ultrapassou Lewis Hamilton na penúltima volta, deixando o inglês na sexta e drástica posição. Faltando uma volta, eis que surge o nome de Timo Glock, piloto da Toyota. Como não trocou os pneus secos pelos de pista molhada, o rendimento do carro abaixou bastante após voltar a chover na capital paulista.
Essa última volta, digna de cinema, realmente aconteceu. Hamilton passou Glock e deixou o Brasil calado, mas orgulhoso do talento de Massa, que havia cruzado a linha de chegada campeão.
Desde os tempos do grande Ayrton Senna, não se via uma comoção tão grande por uma corrida de F1 pelos brasileiros. Não existe torcida mais fanática e apaixonada do que essa que soube reconhecer o valor de ser desta terra.
Uma final de campeonato digna dos maiores diretores de cinema. Se não tivemos um final feliz, tivemos uma grande história para contar. Que realmente, soube emocionar uma nação.