Muito tenho falado neste espaço, ao longo dos últimos meses, de uma presença digital forte, sobretudo nas redes sociais. Porém, algo que muitas empresas deixam passar batido é a qualidade e o retorno que um site profissional bem feito e atualizado pode proporcionar.
Não é simplesmente contratar uma agência (ou deixar para o “sobrinho” fazer), nem mesmo utilizar um dos inúmeros serviços gratuitos de construção de sites existentes (Wix, WordPress, etc). Um bom site institucional passa, necessariamente, pela análise de alguns aspectos:
1. Pesquisa
Para quem o site se destina? Quem é seu público-alvo? Com que frequência ele acessa seu site? Que tipo de conteúdos esse público tem mais interesse? Como associar o que você vende/divulga ao que esse público quer saber? Responda a essas perguntas e pule para o próximo item.
2. Conteúdo
Uma vez definidos o público e os assuntos relacionados, questione-se: qual minha capacidade de atualização desse conteúdo? Quantos e quais tipos de profissionais deverei contratar para dar conta do recado? Uma agência faria isso por mim? Ou minha demanda requer um (ou mais) profissional full-time? Se você não puder ter uma equipe multidisciplinar (designer, produtor de conteúdo e programador), tente pelo menos um bom produtor de conteúdo, mas que tenha facilidade ou gosto por designer. Atender bem a ponta é mais importante que o “back-office”, que pode ter uma atenção esporádica ou terceirizada. Definidas essas questões, seguimos para:
3. Desenvolvimento
Hora de colocar a mão na massa. Contrate quem precisar contratar ou uma empresa que faça isso pela sua. Em Sete Lagoas existem algumas opções de agências com foco em web como a Tag2, a Agência i2, a Paranet, a Chamons, a W7 Sites Brasil, Agência 7L, 5 Bits, Fly Web, etc. O que pedir, caso contrate uma delas? Um site responsivo é a primeira exigência. Sites responsivos se adaptam automaticamente a qualquer dispositivo móvel. O número de acessos via dispositivos móveis (smartphones e tablets) só cresce, bem como os critérios do Google para posicionamento nas buscas têm focado em plataformas “mobile first”, ou seja, desenvolvidas pensando no público móvel.
Outra exigência a ser feita à agência é desenvolver um site completamente customizável, dando liberdade para quem for gerenciar a ferramenta poder incluir ou retirar módulos, administrando textos, imagens, bancos de dados, usuários, demais cadastros, etc. O objetivo é não depender da agência para mais nada depois de pronto. A integração com as redes sociais também é importante, com a inclusão de botões que permitam o compartilhamento em redes como Facebook, Twitter, Linkedin e blogs.
Por fim, valide o site para SEO (otimização em mecanismos de busca, como o Google), cheque a usabilidade (padrões W3C, por exemplo) e também a acessibilidade (capacidade de públicos com algum tipo de dificuldade motora ou técnica acessarem o site).
4. Atualização
É aqui que muitos projetos morrem, seja na incapacidade de manter o site atualizado, seja na publicação de conteúdos ruins ou sem apelo para o público-alvo. Se você fez um bom planejamento de conteúdo lá no item 2, certamente não encontrará grandes dificuldades em povoar seu site de muita coisa bacana. De nada adianta um bom conteúdo se ele não é compartilhado.
Por isso, pense o conteúdo para ser compartilhado nas principais redes sociais, com imagens bacanas, nas medidas certas, com textos curiosos, que estimulem a curiosidade e, consequentemente, o clique, vídeos, e tendo como foco que o objetivo é levar o público das redes sociais para o seu site. Pouco adianta ele ver o post no Facebook se ele não interagir de alguma forma com sua empresa ou não clicar no link indo para o site.
Daí é importante gerar “link baits”, ou seja, aquele conteúdo tão irresistível para o seu leitor que o fará interagir com sua marca, clicar, compartilhar ou simplesmente curtir. Aliás, a ordem correta de engajamento, por relevância, é: curtida -> comentário -> compartilhamento. O clique pode ocorrer antes ou depois de qualquer um desses momentos. Ao ir para o seu site, o usuário estará a um passo de se tornar (ou voltar a ser) cliente. É metade do caminho andado.
5. Métricas
Como já disse Peter Drucker, um dos papas do marketing: “Se você não pode medir, você não pode gerenciar”. Uma das coisas mais bacanas do meio digital é exatamente a possibilidade de mensurar quase todos os dados: visualizações, curtidas, compartilhamentos, acessos, tempo de navegação, entradas e saídas de páginas, conteúdos mais vistos e uma infinidade de outras medições. Por isso analise sempre o que dá certo e o que dá errado no seu site e nas redes sociais. As principais plataformas têm suas principais métricas a poucos cliques como Facebook Insights, Twitter Analytics e YouTube Analytics.
Já para o site, é obrigatório que seu Google Analytics esteja bem configurado para que possa gerar métricas reais de acesso. Só assim você saberá se realmente seu site atual atende a suas necessidades. A propósito, essa é a pergunta que dá título a este artigo.
Marcelo Sander – @mbsander
Jornalista, especialista em Marketing Político, Gestão de Projetos Culturais e Web Jornalismo. Palestrante e professor de Novas Tecnologias, Marketing Digital, Comunicação Empresarial e Mercado Profissional nas Faculdades Promove. Gerente de Gestão Estratégica e de Resultados da Secretaria Municipal de Orçamento, Planejamento e Tecnologia de Sete Lagoas. Editor do blog www.mercadowebminas.com.br. Com passagens por agências digitais em Belo Horizonte, Governo de Minas, Prefeitura de Sete Lagoas e Câmara Municipal, trabalha com conteúdo web desde 2001.