Para alguns, é impossível vender cerveja sem mulher.
Em cinco anos, desde que as mensagens de advertência começaram a ser veiculadas ao final das propagandas de cerveja, por orientação do Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar), a evolução é nítida.
Se antes o aviso aparecia tímido, exibido apenas em um canto do anúncio, agora o “Beba com moderação” é exposto em letras garrafais em todas as peças publicitárias e, nos vídeos, até narrado pelo ator principal. Outras mensagens ganharam espaço, como “Se dirigir não beba” e “Este produto é destinado a adultos”. Tomar cerveja em cena também foi proibido.
Enquanto isso, o velho truque de associar mulher e cerveja passou a ser usado com algum cuidado, embora ainda seja o principal apelo nos cartazes em pontos-de-venda.
Não gosto das ações do mercado de bebidas que usam a mulher como objeto sexual. Não por eu ser mulher, claro que não. Mas por achar que tem muitas mentes criativas que podem fazer algo melhor do que apenas associar mulher a cerveja. Nas novas restrições a anúncios de bebidas, ditadas pelo Conar, que entraram em vigor desde 10 de abril de 2008, é definido que o apelo à sensualidade não deve ser a tônica da mensagem e modelos não podem ser tratados como objetos sexuais.
Claro que tem alguns bons comerciais que não tiveram mulheres e que merecem destaque, mas hoje, quero colocar aqui, o filme mais recente da cerveja irlandesa Guiness que merece um registro, antes de tudo porque é muito bom.
Saúde, amigo!