Com todas as dificuldades que um trabalhador brasileiro enfrenta para arrumar um emprego, daqui algum tempo, ele vai concorrer com robôs. Segundo o IBGE, hoje são 27,7 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil e esse número pode aumentar dentro de alguns anos, pois a “robotização” tomará conta das linhas de produção, recepção hotéis, sistema de atendimento ao público, etc. Existe um livro bastante interessante do Thomas H. Davenport e Julia Kirby que trata do assunto (Only Humans Need Apply: Winners and Losers in the Age of Smart Machines). Neles os autores retratam como vai ser o cenário das empresas pelo mundo dentro de alguns anos. E dão dicas de como não ficar fora do mercado de trabalho robotizado em um futuro próximo. Vale apena a leitura.
Essas primeiras mudanças já estão acontecendo em países desenvolvidos. Nos EUA um palestrante, Darrel West, estima que “os norte-americanos entre 25 e 54 anos não estará trabalhando até 2050. ” Isso graças a automatização das linhas de produção. Ele aponta também que os que mais sofrerão com a invasão das maquinas são os afro-americanos especialmente entre 16 a 19 anos. Reflexo de uma desigualdade social. Hoje temos exemplos de fabricas automatizadas na nossa cidade. Grandes fábricas de automóveis e de bebidas já contão com suas linhas de produção automatizadas.
As vantagens para as grandes empresas são inúmeras. Posso destacar o aumento da produtividade, melhoria na qualidade dos produtos uma vez que a assertividade de uma máquina é maior que de uma pessoa. Menor gasto com segurança. Um equipamento que é programado para realizar uma atividade, se programado corretamente, dificilmente terá problemas com acidentes. E caso ocorra a perda será apenas física e não humana. Além da redução dos encargos, do funcionário, que um empresário tem ao mantê-lo com carteia assinada. O custo chega a ser quase o dobro do salário que o colaborador recebe.
É inevitável, a invasão de robôs é fato e não vejo isso como um “problema”. Somos bilhões espalhados pelo mundo e novas tecnologias de produção em massa é essencial para atender toda essa demanda. Porém, os governos devem começar a pensar em soluções para esse futuro robotizado. Novas regras de trabalho devem ser criadas, talvez diminuir o tempo que ficamos no posto de trabalho, poderia ser uma solução para aumentar o número de vagas no mercado. Também podemos ter uma melhor qualificação dos alunos. O sistema de ensino aplicado hoje é velho e precisa ser revisado. Um ensino médio alinhado com uma escola técnica seria uma boa solução. E se um trabalhador for demitido, e ele queira se tornar um bombeiro civil ou eletricista, para não ficar sem renda, que o governo facilite mais a entrada de novos empreendedores no mercado. Existe um programa que mostra empreendedores que faturam muito e começaram com pouco, “Pequenas empresas e grandes negócios”. Um dos poucos programas que recomendo na TV aberta.
A educação é chave para a conquista de um emprego neste novo cenário. Pessoas qualificadas e especialistas vão ter grandes oportunidades. Cada vez mais a capacidade de adaptar-se ao mercado de trabalho se torna um ponto crucial para continuar empregado. A tecnologia é nossa nova realidade e vamos, com ela, construir um futuro prospero e igualitário para todos.
FONTE
https://goo.gl/8PCQtx
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Profissional de TI, casado e aspirante a Jedi. Trabalha na área de TI deste 2002. Formado em Sistemas de Informação. Amante de Tecnologia. Gosta de jogos eletrônicos e dedica algum tempo livre a Steam ao som de um bom Rock and Roll . Atleta de fim de semana nunca dispensa um futebol com os amigos. Trabalhou por 5 anos na Stefanini Solutions e hoje faz parte da equipe da Brennand Cimentos em Sete Lagoas.