Tranquilidade, contentamento, prosperidade, alegria, conforto… Essas são algumas palavras que encontramos como sinônimo para “bem-estar”, termo muito usado no dia a dia, com diferentes definições. De maneira resumida, bem-estar é a avaliação que fazemos do nosso grau de satisfação com a vida, felicidade e reconhecimento das nossas capacidades pessoais.
Mesmo que de forma distinta, esse é um tema de interesse para a grande maioria, isso porque é colocado como referência para qualidade de vida. Mas, apesar da sua grande importância, a ideia de bem-estar é sufocada pela dinâmica do cotidiano. A cada manhã somos instigados a planejar nossos próximos passos, buscando o equilíbrio entre os muitos desafios diários: vida profissional, finanças, relações interpessoais, saúde, proteção… Com todo esse ritmo acelerado, as experiências quanto à felicidade e potencialidades ficam prejudicadas, dificultando o reconhecimento de bem-estar.
Na Psicologia, o bem-estar tem diferentes dimensões, sendo as duas principais¹:
Bem-estar Subjetivo: análise que as pessoas fazem de suas vidas, tendo como base vivências emocionais, positivas e negativas, e o grau de satisfação global da vida incluindo temas como saúde, segurança, espiritualidade e expectativas futuras.
Bem-estar Psicológico: voltado para a noção de desenvolvimento pessoal, envolvendo características como autoaceitação, autonomia, crescimento pessoal, relacionamentos e aceitação de novas experiências.
Embora sigam panoramas diferentes, as duas definições partilham a ideia de que o bem-estar é um conceito individual, construído através das experiências e perspectivas de cada pessoa. Dessa maneira, o autoconhecimento é necessário tanto para a procura quanto para à avaliação e manejo do bem-estar.
Sendo assim, a abertura para reconhecer quais áreas precisam ser otimizadas, quais afetos estão mais presentes na dinâmica do dia a dia e ainda, o quanto o funcionamento potencial gera satisfação, são pontos importantes para manter a sintonia entre o bem-estar subjetivo e psicológico e, consequentemente, a manutenção da qualidade de vida.
1 NOVO, R. F. Bem-Estar e Psicologia: Conceitos e Propostas de Avaliação. Revista Iberoamericana de Diagnóstico y Evaluación Psicológica, v. 2, n.20, 2005.
Graduada em Psicologia (FCV), formação em Psicologia Clínica da Obesidade e Emagrecimento (CESDE). Psicóloga Clínica no consultório Vínculos Psicologia Clínica e Saúde.