Ao longo do ano, campanhas são desenvolvidas e simbolizadas com cores diferentes. Setembro Amarelo, Outubro Rosa, Novembro Azul… Todas voltadas para a conscientização da população sobre temas que envolvem saúde e bem estar. E no mês de janeiro não é diferente. Idealizada pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão e realizada desde 2014, a campanha Janeiro Branco busca promover a reflexão sobre os cuidados com a saúde mental e emocional.
Infelizmente, a saúde mental ainda é um tema rodeado de tabus e preconceitos na nossa cultura. Muitos sustentam a ideia de que procurar por um psicólogo ou médico psiquiatra é “coisa de louco”. Um dos objetivos da campanha é justamente acabar com esses pensamentos limitantes, propagando a compreensão do que realmente é a saúde mental.
Saúde mental não envolve apenas a ausência de transtornos mentais, mas também a capacidade de manter um equilíbrio emocional e psíquico diante dos desafios e mudanças da vida. Uma pessoa mentalmente saudável se relaciona bem consigo e com os outros, consegue lidar com as mais variadas emoções mesmo aquelas desagradáveis, mas que fazem parte da vida, sabe reconhecer suas limitações e não hesita em procurar por ajuda quando vivencia momentos de maior fragilidade.
O mês de janeiro não foi escolhido aleatoriamente para a campanha. Simbolizado como o período em que as pessoas estão mais dispostas a refletirem sobre diversos aspectos de suas vidas, como as conquistas do ano anterior, as coisas que não funcionaram muito bem e os planos para o novo ano, a campanha vem com o convite para incluir nessas reflexões a qualidade da saúde mental e propõe às pessoas que desenvolvam um autoconhecimento. Já a cor branca sugere possibilidades, aparece como uma tela em branco para a escrita de uma nova história.
Com as crescentes taxas de depressão, transtornos de ansiedade, dependência química, violência, fragilidade nos vínculos afetivos, suicídios, debater sobre a saúde mental não é apenas necessário, é algo que urge. Não é preciso dizer a importância do cuidado com a saúde física, mas somos também seres de conteúdos emocionais, sentimentais e psíquicos que, do mesmo modo, necessitam de atenção. Por tudo isso é certo dizer que: “quem cuida da mente cuida da vida”.
FONTE: www.janeirobranco.com.br
Graduada em Psicologia (FCV), pós graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental (Instituto Cognitivo). Psicóloga Clínica na Empremed – Clínica Médica e no consultório Vínculos Psicologia Clínica e Saúde.