Cansaço prolongado e diminuição do interesse pelo trabalho podem ser bem mais que sinais de estresse…
A síndrome de burnout é definida como o estado de esgotamento físico e mental relacionado à vida profissional. Um ambiente de trabalho cronicamente exaustivo pode provocar sensação de impotência, baixo rendimento e falta de expectativa, ocasionando uma relação conflitante entre indivíduo e trabalho.
O processo é gradual, aos poucos o trabalho passa a exigir mais, tanto em questões de produtividade como em responsabilidade: metas altas, prazos curtos, horários rígidos, sobrecarga de tarefas, pouco reconhecimento, assédio moral… Dessa forma, o indivíduo se depara com um ambiente no qual, por mais que se esforce, as demandas parecem ser inalcançáveis. Assim, trabalho se torna sinônimo de frustação e cansaço ao invés de realização e satisfação.
Com isso, as tarefas passam a não ter a mesma importância, todos os seus esforços parecem em vão ao mesmo tempo em que sua produtividade diminui e as relações com os colegas de trabalho enfraquecem. E os danos vão além do contexto de trabalho, na vida pessoal e social a pessoa também experimenta dificuldades e perdas.
Um sintoma típico do burnout é a sensação de exaustão física e mental que acaba provocando comportamentos pouco produtivos no local de trabalho como desmotivação, faltas e isolamento. Aumento da ansiedade, variações de humor, dificuldades de concentração e memória, alterações no sono e apetite também estão associados ao quadro.
Para a prevenção, além de estabelecer limites entre a rotina profissional e a rotina pessoal e social, é importante que a pessoa esteja atenta ao seu trabalho, mantendo, sempre que possível, uma dinâmica mais leve e menos sobrecarregada. Quanto ao tratamento, pode incluir psicoterapia, atividade física e, caso seja necessário, medicamentos para lidar com os sintomas.
FONTE: SOUZA, A. K. S; MARIA, A. L. Síndrome de burnout em diferentes áreas profissionais e seus efeitos. Revista ACTA Brasileira do Movimento Humano, 2016.
Graduada em Psicologia (FCV), pós-graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental (Instituto Cognitivo). Psicóloga Clínica na Empremed – Clínica Médica e no consultório Vínculos Psicologia Clínica e Saúde.