De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) os transtornos mentais, seguidos pelos distúrbios neurológicos e uso abusivo de substâncias formam um importante grupo de doenças e condições incapacitantes em todo mundo. No Brasil, a Depressão e os Transtornos de Ansiedade estão entre os principais quadros de transtornos mentais que causam incapacidade e sofrimento.
Apesar das mudanças socioculturais, infelizmente falar sobre saúde mental ainda é motivo de grande tabu. Porém, os dados da OMS mostram como é necessário debater sobre o tema. Focada na necessidade de conscientizar a população, buscando promover uma visão mais aberta sobre a saúde mental, a campanha Janeiro Branco chega a mais uma edição. Iniciada no ano de 2014 no estado de Minas Gerais e hoje em todo o país, a campanha traz para esse ano o tema “Precisamos falar sobre Saúde Mental”.
Cada ser humano é único, constituído das mais variadas experiências ao longo da sua vida: medos e alegrias, perdas e ganhos, amor e saudade, desequilíbrio e estabilidade, planejamentos e imprevistos, companhia e solidão… Dessa forma, podemos entender que não somos constituídos apenas por questões biológicas ou físicas, mas também psicológicas e emocionais.
Uma saúde mental e emocional equilibrada não é apenas a ausência de transtornos mentais. Uma pessoa mentalmente saudável se relaciona bem consigo e com as pessoas ao seu redor, tem habilidade em lidar com os imprevistos da vida, compreende suas emoções e sentimentos e tem conhecimento das suas qualidades e limitações.
Muitos podem ser os fatores que prejudicam a saúde mental: problemas no trabalho, relacionamentos amorosos conturbados, demandas com filhos, questões financeiras, mudanças no estilo de vida. Por outro lado, quando atentamos mais para o cuidado das nossas emoções, prestando maior atenção na qualidade dos pensamentos e comportamentos, caminhamos para melhores resultados nas diferentes áreas da vida.
Dessa forma, qualquer sintoma relacionado a questões psicológicas que esteja causando prejuízos no cotidiano, ou seja, tornando a vida menos produtiva, precisa ser levado a sério para ser tratado de maneira eficaz. É preciso praticar o autocuidado, buscando ajuda quando necessário, sem medo dos preconceitos e julgamentos.
FONTE:
www.janeirobranco.com.br
Graduada em Psicologia (FCV), pós-graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental (Instituto Cognitivo). Psicóloga Clínica na Empremed – Clínica Médica e no consultório Vínculos Psicologia Clínica e Saúde.