A Hipoglicemia é um distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue, geralmente afeta pessoas portadoras ou não de diabetes.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que funciona como fonte de energia para a entrada da glicose nas células. Os quadros de hipoglicemia se instalam, quando ocorre aumento da quantidade de insulina no sangue, ou quando a quantidade dos hormônios de contrarregulação diminuem (glucagon, hormônio do crescimento, adrenalina e cortisol). Esses hormônios são produzidos quando se esgota o estoque disponível de glicose no sangue, e ajudam a liberar o glicogênio armazenado no fígado.
Tipos e causas
Existem dois tipos principais de hipoglicemia: a hipoglicemia de jejum e a pós-prandial, ou reativa, que ocorre depois das refeições.
Entre as causas da hipoglicemia de jejum destacam-se:
* Produção exagerada de insulina pelo pâncreas;
* Medicamentos utilizados no tratamento de diabetes;
* Insuficiência hepática, cardíaca ou renal;
* Tumores pancreáticos;
* Consumo de álcool;
* Deficiência dos hormônios que ajudam a liberar glicogênio.
A hipoglicemia pós-prandial ou reativa ocorre por volta de três a cinco horas depois das refeições, como resultado do desequilíbrio entre os níveis de glicose e de insulina no sangue. Em geral, ela se manifesta em pessoas predispostas depois da ingestão de alimentos ricos em açúcar e nos pacientes submetidos à cirurgia do estômago, ou em fase inicial da resistência à insulina.
- Definição de hipoglicemia: glicemias menores que 70mg/dl.
- Quanto melhor o controle glicêmico, mais próximas do normal são as glicemias e maior o risco de ocorrerem hipoglicemias.
- Por isso, é muito importante que haja equilíbrio entre a dieta, exercícios físicos e medicações.
- Os principais sintomas de hipoglicemia são: fome, tremor, sudorese, tonturas, palpitações, formigamento nos dedos e lábios, dor de cabeça, confusão mental e visão embaçada. Sempre que você apresentar algum desses sintomas e suspeitar de hipoglicemia, realize a glicemia capilar para confirmar o diagnóstico.
- Lembre-se: a causa mais comum da hipoglicemia no diabetes é “pular” ( não realizar ou atrasar) refeições.
- Atenção: a prática regular de exercício físico é fundamental para a saúde e a melhora da qualidade de vida, mas pode aumentar o risco de hipoglicemia. Muitas vezes é necessário fazer ajustes nas doses de insulinas, ou mesmo ingerir uma quantidade extra de carboidratos antes do exercício, para evitar hipoglicemia (antes de iniciar o exercício informe o seu médico).
Tratamento da hipoglicemia:
Paciente consciente
Antecipar a refeição ou administrar o equivalente a 15g de carboidrato de absorção rápida:
1 colher de sopa rasa de açúcar em 1 copo d´água
1 sachê de açúcar líquido instantâneo – Gli-Instan* (lowçúcar)
3 balas moles
3 sachês ou 1 colher de sopa de mel
150ml de suco de laranja ou melancia
1 fatia grande de melancia
150mL de refrigerante comum
150mL de suco artificial com açúcar (ex: tang)
1 pedaço pequeno 15 g de rapadura
1 unidade de bananinha comum
2 colheres de sopa de leite condensado
3 biscoitos waffer
1 bombom sonho de valsa
2 chocolates alpino
1 barra de chocolate de 30g
3 brigadeiros pequenos
Paciente inconsciente: nunca dar líquidos pela boca (risco de engasgar e sufocar o paciente)
- 15g de glicose em gel (Gli-Instan), mel ou açúcar: esfregue na gengiva e na parte de dentro da bochecha, sem fazer o paciente engolir.
- Se disponível e prescrito pelo médico, faça a aplicação de Glucagon, intramuscular.
- Leve o paciente imediatamente ao hospital ou chame o serviço de atendimento de urgência (SAMU: 192), informando a suspeita de hipoglicemia grave.
Recomendações
* Refeições menores e mais próximas umas das outras ajudam a prevenir a queda da glicose no sangue;
* Refeição leve, à base de carboidratos e proteínas, antes de dormir ajuda a prevenir crises noturnas de hipoglicemia.
* A prática de exercícios físicos pode exigir o consumo de carboidratos para evitar a queda brusca dos níveis de glicose no sangue.
Até a próxima…
Pós graduada em Nutrição Humana e Saúde pela UFLA, Graduada em Nutrição pela UFOP. Atua na área da saúde pública no NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), área hospitalar (Hospital Dr. Pacífico Mascarenhas) no município de Caetanópolis, na área de educação como docente no CEFAP (Centro de Educação e Aperfeiçoamento Profissional) mnistrando aulas de bioquímica e Nutrição e Dietética e também atua na área clínica com atendimentos personalisados em casa (Home Care).