Terça-feira, 13, começou a 9ª edição do Big Brother Brasil. E querendo ou não, o Brasil inteiro se liga no programa. Não tem jeito. Há aqueles que amam Big Brother, pagam pay per view e até se inscrevem tentando conquistar seus minutinhos de fama. Por outro lado, tem aqueles que detestam o programa, criticam tudo e todos os participantes e as pessoas que assistem, mas no fim, acabam vendo o programa como todo mundo. Nem que seja para criticar. Faço um desafio: que atire a primeira pedra quem nunca viu, pelo menos, um dia de BBB.
O fato é que em época de Big Brother não se fala em outra coisa. Na escola, no clube, no trabalho, no ônibus, na festa. A transmissão é da Rede Globo, mas tem comentários na Record, na Band, na RedeTV. Todo mundo discutindo sobre o rapaz que se revelou homossexual, da mocinha com carinha de Santa e deu uns “amassos” debaixo do edredom, a “pobrezinha” ou a “patricinha”, o “fortão” ou o tipo “cult”. Tudo bem, a cada edição, a produção tenta mudar uma coisinha ou outra para não cair na mesmice. Mas a questão aqui não são as novidades que a Globo implanta para tentar continuar com a audiência, mas o fato de que a audiência persiste.
Passa um tempo e todo mundo está discutindo sobre as “panelas” formadas na casa e o Brasil (e a edição do programa) já elegeram ali o vilão e o mocinho. Pode-se estar numa festa, mas acabou a novela das nove, todo mundo corre para a sala para ver a formação do paredão, a prova do líder, a briga ou a festa. E aqueles que não vão ver, acabam perguntando depois o que aconteceu.
Isso quando os telespectadores não começam a brigar defendendo seus queridos. Tem gente que até liga para o amigo que torcia pelo participante eliminado para “zoar” a desclassificação. Parece dia do clássico Cruzeiro x Atlético, algumas pessoas comemoram efusivamente a eliminação do vilão. Às vezes, até correm para as ruas. E o carnaval… Até o carnaval, paixão brasileira, na terça-feira, pára para se assistir a eliminação de alguém do Big Brother. Enquanto o programa não acaba, o carnaval não começa.
Não sei se isso se explica somente pelo voyeurismo e a necessidade do ser humano de se reconhecer no outro, mas depois de nove edições vendo a mesma casa, com os mesmos tipos de pessoa, com as mesmas polêmicas e reações, o Big Brother Brasil ainda é o assunto mais comentado nos três primeiros meses do ano.
Portanto, se você é um daqueles que odeiam radicalmente o programa, é bom ir se acostumando. Se você não quiser ficar de fora e “boiando” nas conversas, é bom se inteirar sobre o BBB e fazer exatamente o que recomenda o Pedro Bial: “entre e fique à vontade para dar aquela espiadinha básica”.