Eu sou uma observadora do comportamento humano. Não disse conhecedora. Disse observadora. É impressionante como você consegue descobrir uma infinidade de significados em uma atitude, um gesto, um sorriso ou um olhar. Escrever sobre comportamento, para mim, é isso: observar e coletar. Prestar atenção nas pessoas na rua, no ônibus, em um restaurante, no trabalho, na escola, dentro de casa e, talvez o mais importante, prestar atenção em si mesmo. Colocar no papel tudo aquilo que se observa nos outros e em você.
Parafraseando Zélia Duncan: “Me cobrir de humanidade, me fascina”. E é o que eu pretendo com essa coluna: fascinar você, leitor, com o que há de mais humano em nossas atitudes, em nossas trivialidades e complexidades. Que você se reconheça nessas linhas, mesmo que não concorde ou goste do que estiver escrito nelas. A intenção é mesmo essa: despertar em você um observador do ser humano.
Prepotência a minha, né?! Talvez. Mas, quinzenalmente, após ler um dos textos, saia e procure alguém em quem você perceba, pelo menos um pouquinho, o que acabou de ler, ou então, procure em si mesmo. Aja como um consumista em dia de promoção no supermercado. Faça uma lista de compras enorme, pesquise o preço, a validade, a qualidade do produto e volte com o carrinho cheio. Você vai descobrir como é sedutor observar o comportamento humano.