Em 1988, um professor da Universidade de São Paulo, deu início a um projeto, que era estabelecer contato com universidades de outras parte do mundo, formando uma rede de computadores, esse projeto foi nomeado “Bitnet” (Because is Time to Network, porque é hora de conectar).
A Bitnet conectava a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo), a um laboratório de física de Chicago, Estados Unidos, para meio de transferência de arquivos e e-mail. Em 1991, já com o nome de internet, este acesso foi liberado para órgãos do governo e institutos de pesquisa, mas ainda eram muito limitados. Estes acessos, que mantinham transferência de dados, emails, porém a um pequeno grupo de pessoas.
Em 1992, muitas redes regionais foram desenvolvidas em vários estados do Brasil para facilitar uma estrutura nacional para a comunicação de dados. O Alternex passou a ser o primeiro serviço de rede de computadores fora da comunidade acadêmica a oferecer todos os serviços de internet no Brasil. Neste mesmo ano, foi inaugurada a rede nacional de pesquisa (RNP).
Em 1993, foi estabelecida a primeira conexão a longa distância, entre São Paulo e Porto Alegre, numa velocidade de 64kbps, que era muito bom na época. Mas hoje as conexões de banda larga com o mais simples plano, tem 5x esta velocidade. Naquele ano, este feito recebeu destaque na revista Veja que acabou tornando mais conhecida a internet aos leitores brasileiros, que até então pouco sabiam disso.
Ao longo de 1994, um grupo de estudantes da USP criou centenas de páginas Web. Em novembro, estimaram que metade das páginas Web do país estivesse na USP (500 Páginas). O BBS já oferecia serviços de e-mail internet e acesso à rede de mensagens.
Em 1995, os Ministérios das Comunicações e da Ciência e Tecnologia criaram uma portaria, a liberação do comércio de provedores de internet. No entanto, foi somente no ano seguinte que iniciaram as vendas de assinaturas de acesso doméstico à internet, que tinham um preço bem alto, e o modem (na época o único meio de acesso), eram vendidos por preços bem elevados. Quanto a velocidade, ela era extremamente lenta, cerca de 10 vezes menos do que a conexão discada atual. Uma página que abrimos em alguns segundos, naquela época duravam 10, 15 minutos ou até mais. Já o visual era bem rudimentar. Um dos primeiros sites foi a Yahoo e Altavista, e no Brasil o Cadê e Uol. Procure num site de busca, por imagens de sites desta época, a diferença é gritante, mas era algo incrível para a década.
Hoje, uma grande parte da população, tem computadores em suas casas, com conexões banda larga com boa velocidade, chegando até 8 e 10 megas. Há pelo menos uma lan house por bairro, shopping centers, aeroportos, universidades que oferecem conexões rápidas e gratuitas, basta ter um laptop. Mas até chegar aqui, de “provedores de fundo de quintal”, ao acesso instantâneo, foi percorrido um grande caminho.
Na próxima coluna, vamos começar a falar sobre os vários tipos de acesso à internet, começando pelo histórico e, ainda usado, acesso discado.
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