Nobreak: tão importante quanto seu servidor

Nas colunas passadas, sempre falamos sobre segurança, seja ela em atitudes, seja ela nos computadores em si. Hoje em dia, qualquer micro empresa com mais de cinco computadores, já é uma opção bastante interessante configurar um servidor para ficar na retaguarda dos funcionários da empresa, pois é ele que vai prover segurança, autonomia e bom rendimento da gestão de TI.

Mas um fato que muitos consultores e diretores de empresas ainda não levam muito em consideração é a gestão de energia que vai gerenciar a rede, e é isso o que vamos falar um pouco na coluna de hoje, os nobreaks.

Nobreak é um suprimento de energia auxiliar, ou seja, quando a luz acaba ou falha (o famoso pico de luz), uma bateria é acionada. Ela que vai manter seu computador ligado durante algum tempo, dependendo da capacidade do mesmo. Os mais comuns hoje em dia, também vem com a funcionalidade de estabilizador, que já é bem mais conhecido. Mas o estabilizador apenas tem a função de manter a energia do seu computador relativamente estável, mas desligam com qualquer queda ou falta de energia elétrica.

Nobreak não é o único termo usado: “UPS” (uninterruptable power supply, fonte de energia ininterrupta), ou ainda, short-break , “SPS” (standby power supply, ou fonte de energia de reserva). Mas, aqui vamos manter o termo Nobreak mesmo, que é o mais conhecido.

Dentre os vários tipos de nobreaks existentes no mercado, os mais comuns atualmente são os off-line e os line-interactive. E temos também o on-line, os mais caros, que são ideais para grandes redes, como as indústrias, data-centers, supermercados, etc.

Nobreak on-line

Os nobreaks on-line são, de longe, os mais seguros. Suas baterias são carregadas de forma continua e, seu inversor interno, fica constantemente retirando energia da bateria e fornecendo ao computador. Ou seja, fornecendo energia ininterrupta. Mas em contraproposta, o preço é muito elevado e o tamanho também. Eles chegam a ser maiores que o próprio computador.

Os off-line são uma alternativa dos on-line, por serem mais baratos e de tamanho bem reduzido. Porém, eles trabalham de forma diferente. Neles, a corrente de energia é filtrada por um conjunto de circuitos, de forma semelhante aos estabilizadores e, apenas, quando há a falta de energia, a bateria entra em ação.

Em seguida, temos o line-interactive, que são uma evolução dos off-line. Enquanto a versão antiga, o inversor só é ligado quando o circuito percebe a falta ou queda de energia, que demora alguns milésimos de segundos (de 2 a 5 ms ), o inversor do  line-interactive fica ligado continuamente. Além disso, um circuito de monitoramento se encarrega de monitorar a tensão e usar energia do inversor em caso de queda na tensão.

Line-interactive

 

Para uma rede de pequeno porte, que mantém um único servidor, o ideal seria um nobreak de 2000 VA, que hoje estão com preços bem acessíveis. Ele não mantém o servidor com monitor e impressora, por exemplo, ligados durante muito tempo, mas o suficiente para os usuários da rede encerrar o banco de dados, calmamente, enquanto o gerenciador de energia do servidor se encarrega de desligá-lo automaticamente ,quando o nobreak estiver com poucos minutos de bateria. Em servidores de câmeras de segurança da empresa, além de nobreak, acoplar baterias reserva no mesmo, no caso de uma interrupção noturna.

Já se, na sua casa, você também quiser optar por um nobreak ao invés de um simples estabilizador, um de 600, 630 VA é o bastante, e estão com preços bem atrativos. Existem vários fabricantes de nobreaks, mas apenas dois ou três são os mais confiáveis. Faça uma boa pesquisa ou chame seu consultor para não cair em uma armadilha.

 

Em meu trabalho, o que eu mais aconselho é o uso dos nobreaks por causa das quedas de energias constantes que, em muitos casos, acarretam em perda de dados, uma falha no sistema e inconsistência no bando de dados. Todos eles causam uma grande dor de cabeça e um investimento pequeno eliminaria estes e outros vários acidentes.