Se o propósito é melhoria contínua dos resultados, o conceito da “melhoria” em empresas que pregam o mantra “nós somos um time” não deve ser diferente (talvez um pouquinho menos dos gritos à beira do campo).
E quando falamos de funcionários, o trabalho dos gerentes é aprimorar estes “jogadores”, incentivá-los a mostrar suas forças, porque isso melhora não só a capacidade individual, mas reflete no resultado da equipe, o que realmente deveria prevalecer.
Porque eu disse “realmente” prevalecer?
Meus caros, o que vemos e/ou ouvimos falar por aí é um cenário muito diferente do que pregam as teorias.
Segundo pesquisas, da totalidade dos funcionários que deixam as empresas, 70% são motivados pelo péssimo desempenho do nível gerencial (gerência/supervisão).
Não raro, a gerência __ pressionada pelos que estão nos degraus mais altos __ exige resultados da mesma maneira que um juiz interroga uma testemunha de determinados fatos.
O funcionário começa a jogar na posição defensiva (cada vez mais).
O tom de voz e linguagem corporal (está na moda falar isso) deve estar em sintonia com o que a situação requer. O gerente deve realmente acreditar que seu papel é o de treinador, o que no ofício da função, é levar o “time” rumo aos bons resultados.
Eu acredito que a sabedoria que o gerente pode exercer, é o seu apoio aos “jogadores” levando a tona os bons e também os maus resultados através de conversa indicativa e sugestiva.
Além disso, como gerente, é de suma importância oferecer exemplos como o feedback² explícito. Não basta dizer “você perdeu o prazo” ou “você não bateu sua meta de vendas”.
Não é construtivo, sem contar da obviedade da informação.
Se existe um padrão de comportamento que se justifique, é dizer que “há uma oportunidade para você melhorar”, aí entra a sabedoria de quem gerencia.
Sabedoria de quem gerencia
A tanta coisa que se pode fazer neste campo.
A idéia de que a maioria das pessoas (especialmente os mais criativos) são mais suscetíveis a sub-valorização, faz com que o gerente, fazendo jus a sua função, busque ajudar e reforçar a confiança dos funcionários, principalmente em suas “jogadas” deficientes.
Neste momento meu amigo, começa a construção da confiança, e a equipe vai ter o gerente como honesto, solidário e, conseqüentemente, estarão mais dispostos a serem liderados a longo prazo, ouvindo elogios e críticas inclusive.
No filme “Um Domingo Qualquer”, antes da entrada do time no campo, num jogo decisivo, o técnico (Al Pacino), entre outras palavras diz:
“(…) É o seguinte galera: ou curamos agora, como um time, ou iremos fracassar como indivíduos… porque em qualquer jogo, seja na vida, seja no futebol, a margem de erro é muito pequena. Se você der meio passo atrasado demais ou adiantado demais, você não consegue chegar lá. (…)”
Neste trecho entendemos o valor daquele que incentiva – diferente daquele que só manda.
Envolver os funcionários na definição de metas e objetivos, adotando um processo de feedback verdadeiro pode ser o combustível para a motivação e melhoria contínua.
Em outras palavras, para mim, o feedback é a informação sobre como eu estou fazendo em relação aos meus objetivos.
É triste o cenário dos gerentes que não se envolvem, e o ditado de que o capitão “afunda” com o navio passa longe dos seus “princípios”.
Conheço várias empresas, que já renovaram os funcionários inúmeras vezes, mas, mantém o corpo gerencial como ativo imobilizado. Nestes casos, a gente chega a ter a impressão de que ao levantarmos as camisas destes gerentes, vamos encontrar aquela plaquinha de patrimônio.
Pois bem!
Este texto não visa denegrir, “ainda mais”, a imagem daquele gerente que, por si só, já está desgastada.
Ao contrário, busco sinceramente valorizar e premiar um gerente humano, estudioso e que se preocupa com as opiniões, o bem estar e com o melhor desempenho dos funcionários.
Este texto contempla principalmente agradecer àqueles gerentes que cruzaram nossas vidas e que nos ajudaram na meta pessoal da construção do que somos hoje, como também na influência do objetivo do que buscamos para o amanhã.
Menos do que isso você não merece.
Agora, o que vocês vão fazer?
Força total!
¹ O conceito de gerente/gerência transcorrida sobre este texto trás a idéia do que lidera, seja o próprio gerente, supervisor, encarregado ou posição equivalente.
² No sentido figurado é retorno , dar retorno de algum assunto ou situação.
Wagner Alessandro Nogueira é Administrador de Empresas e Consultor em Gestão Empresarial. É o responsável técnico pela empresa Office br Consultoria. Relevante participação e conhecimentos de Gestão Comercial de Pequenas e Médias Empresas, Especializando para Micro e Pequenas Empresas (especialmente as Familiares). Consultoria nas atividades Administrativas, Financeiras e Marketing. Professor de Curso Técnico em Administração de Empresas, Consultor e Instrutor em Gestão de Tecnologia Empresarial e Negócios Eletrônicos.
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