Pesquisa* mostra que 80,3% dos brasileiros consideram o início de um novo negócio como opção desejável de carreira e 79,4% consideram que, no país, quem alcança sucesso em um novo negócio tem status e respeito perante a sociedade.
Lindo isto, mas não corresponde com a realidade de sucesso que temos.
Na escalada pela sobrevivência, a taxa de mortalidade empresarial no Brasil, apurada nos anos de 2000, 2001 e 2002, aponta que empresas encerram suas atividades:
• 49,4% com até dois anos;
• 56,4% com até três anos;
• 59,9% não passam dos quatro anos.
Resumindo, de cada 10 empresas criadas hoje: 6 irão fechar as portas daqui há 4 anos.
Muitos falam que o maior problema são os impostos, as empresas consomem em média 2.600 horas por ano, apenas para pagar a carga tributária (no Vietnã, por exemplo, são 1.050 horas).
Outros dizem que o pai de todos os problemas é a falta de acesso ao crédito, e quando ele está disponível, os juros abusivos consomem o fôlego do empreendimento.
Mas as principais causas apontadas para o fechamento destas empresas, na opinião dos empresários envolvidos, baseiam-se principalmente em questões relacionadas a problemas gerenciais, tais como:
• falta de capital de giro;
• problemas financeiros (muitas dívidas);
• ponto de venda inadequado;
• pouco conhecimento sobre gerenciamento do negócio;
• falta de planejamento.
Enfim, os problemas são os mais diversos e não se pode jogar toda a culpa na “crise” (nome que se dá quando algo não vai bem).
Segundo Albert Einstein, “(…) quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções.
A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis.
Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito.
É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”.
E para superar a “crise”, existe uma ferramenta muito prática pra isso: Plano de Negócios.
Um plano de negócios não é garantia de sucesso. Mas é fundamental.
Segundo o SEBRAE/MG, um Plano de Negócios é um documento que descreve (por escrito) quais os objetivos de um negócio e quais passos devem ser seguidos para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas.
Seguindo este raciocínio, desde que o empreendedor comece a anotar o turbilhão de idéias que surgem na sua cabeça, torna-se mais fácil explicar e ilustrar os conceitos que vão desde nome fantasia até os valores gastos com materiais de escritório.
Um Plano de Negócios permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.
Lendo esta matéria provavelmente você está se imaginando ser um empreendedor ou expandir seu empreendimento. Então, se você está pensando assim, vou sugerir que você faça um “mini plano de negócios”.
Pegue um guardanapo de papel e escreva:
– Seu público-alvo, quem você pretende atingir com seu produto ou serviço;
– Quais são/serão seus produtos/serviços;
– Destacar as razões pelas quais alguém vai comprar o produto / serviço de você;
– E, como você vai conseguir isso?
Se dentro deste guardanapo de papel você conseguir colocar sua idéia de forma sucinta e coerente: parabéns! Você é um forte candidato a ser empreendedor ou expandir seu empreendimento.
Acredito que este mini teste é um grande passo para avaliar sua idéia de negócio.
Passando neste teste, leve em consideração os detalhes:
• Seu fluxo de caixa (receitas e despesas esperadas – tanto pessimista quanto otimista). Você pode usar isso para verificar se você está no caminho certo ou não;
• Seu discurso de vendas! Isto é muito importante. Se você não está convencido do seu produto ou serviço, ficará difícil passar isto para os clientes! Tente verificar seu discurso de vendas com os amigos nos quais você confia – teste antes e monte sua pesquisa;
• Os riscos do seu negócio e como você irá se prevenir;
• Traçar o objetivo e, dentro dele, algumas metas;
• etc.
Ter este “mapa” do caminho das pedras nos dará mais segurança, pois além do querer, envolve questões de mercado (gestão financeira, gestão administrativa, ambiente sócio-econômico, questões fiscais, questões legais, etc.).
Aqueles que não fazem uma análise de viabilidade de seus negócios não reúnem as condições prévias indispensáveis ao sucesso do empreendimento.
Fazer um plano de negócios te resguarda da armadilha chamada negligência.
Como um ditado popular diz: “Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis amolando o machado.”
Por isto, é preciso entender que o tempo gasto em planejamento representa tempo economizado, calculando riscos e prevendo problemas futuros.
Pensando nisto, o SEBRAE disponibiliza um roteiro completo para que sua idéia empreendedora possa ter início, meio e resultados. Basta clicar aqui: COMO ELABORAR UM PLANO DE NEGÓCIOS
Boa sorte com a sua empresa!
Quero ver você empreender!
*Global Entrepreneurship Monitor (GEM)
Wagner Alessandro Nogueira é Administrador de Empresas e Consultor em Gestão Empresarial. É o responsável técnico pela empresa Office br Consultoria. Relevante participação e conhecimentos de Gestão Comercial de Pequenas e Médias Empresas, Especializando para Micro e Pequenas Empresas (especialmente as Familiares). Consultoria nas atividades Administrativas, Financeiras e Marketing. Professor de Curso Técnico em Administração de Empresas, Consultor e Instrutor em Gestão de Tecnologia Empresarial e Negócios Eletrônicos.
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