Nada pode ser mais nocivo para uma empresa do que contratar por obrigação (não por competência).
A grande maioria dos empreendimentos nasceu do sonho, da determinação e do suor.
A caminhada é longa, o retorno demora, e o que mais se tem é a fartura – “farta” isso, “farta” aquilo, etc.
O jeito é improvisar! O que exala pelos poros é – na medida de meio a meio – suor e criatividade.
E a primeira “criatividade” de um empreendedor é colocar familiares dentro da empresa para reduzir os custos funcionais. E esse mesmo empreendedor acaba por colocar mais um, e mais outro e assim por diante, dependendo do tamanho da família e do tamanho do empreendimento.
Por outro lado, existem casos (e que não são poucos) de empresários, já com empresas em estágio mais adiantado, que acabam por contratar familiares no sentido mais amplo: seja para dar uma oportunidade de recomeço ou, simplesmente, uma colocação para um membro do seio familiar – o que é muito nobre e merece todo respeito. Mas toda ação tem sua reação não é mesmo?
O que é uma empresa? O que define a razão de existir de uma empresa?
Bom, empresa pode ser definida assim:
Empresa tem a figura pessoa interagindo sob a forma de organização econômica destinada à produção ou venda de mercadoria ou serviços, tendo em geral como objetivo o lucro.
O esperado e geralmente mal compreendido “lucro” tem uma relação muito evidente com pessoas.
Convenhamos, para gerir este lucro, nas micro e pequenas empresas, o que mais observamos são familiares exercendo cargos de chefia ou liderança. Pessoas indicadas, por amigos ou mesmo por membros da família, tidas como “confiáveis” também fazem parte da administração.
Nos postos de trabalho estratégicos, ficam os de confiança!
Segundo o Dicionário Aurélio, confiança quer dizer: 1.Crédito, fé; 2.Boa fama.
Neste sentido, há uma frase famosa que diz o seguinte: “O que não é medido não pode ser gerenciado”.
Daí, se não tenho mecanismos de medir a eficiência de uma função, só me resta dar crédito, na fé e na boa fama da pessoa.
E a última coisa que poderia me acontecer é ser traído por tanta credibilidade depositada.
Sem contar, ainda, que em alguns casos não se pode nem mesmo demitir, porque, afinal de contas – o que as pessoas da família dirão do episódio?!
Vamos pensar um pouco!
A única coisa que realmente tem valor, ou pelo menos deveria, são as pessoas que movimentam a empresa, e eu estou falando das que ficam do lado de dentro do balcão.
Nada do que a empresa faça, absolutamente nada, é mais importante do que as pessoas que estão por trás disso, ou seja, os funcionários.
Tudo que acontecer na empresa tem que ser pautado pela competência, pelo trato e pela eficiência.
A equipe que move a empresa tem que ter habilidades, o que qualifica para ser titular.
Certa vez ouvi a seguinte história: uma determinada empresa montou um time para disputar um torneio no clube da cidade. Neste meio tempo, um parente que retornava para a cidade pediu a oportunidade para jogar e fez alguns testes, e acabou não sendo aprovado, nem mesmo para permanecer na reserva. Mas o “cidadão” da empresa lhe disse: fica triste não, aqui só joga quem realmente tem o dom! Mas passa amanhã lá na empresa que arrumamos alguma coisa para você.
Se os critérios de competência fossem os mesmos, só iria ter craque – no campo e na empresa.
Todo time tem um “técnico” e a motivação é influenciada diretamente por esta figura: comece valorizando as capacidades das pessoas com quem trabalha.
Contrate as pessoas certas para os lugares certos, contrate pelas habilidades e não pelas indicações, mude a tática, coloque como titular quem realmente sabe “jogar bola”, treine as pessoas, tenha objetivos – busque o campeonato!
Não busque pessoas de “confiança”, isto é muito básico – busque pessoas com “confiança”, que também segundo o Aurélio pode ser: 3.Segurança e bom conceito que inspiram as pessoas de talento, discrição, etc. 4.Pop. Atrevimento, petulância.
Sobre o que estamos falando! Serviço ao cliente é superar as expectativas, comprometer na resolução de problemas, e fazer tudo isso no menor tempo possível.
Quem pode fazer isso?
Somente os “craques” que estiverem no seu “time”.
Nada contra os “craques” da família.
Estamos no inicio de temporada – vamos contratar?
Quero ver sua empresa “Show de Bola”.
Wagner Alessandro Nogueira é Administrador de Empresas e Consultor em Gestão Empresarial. É o responsável técnico pela empresa Office br Consultoria. Relevante participação e conhecimentos de Gestão Comercial de Pequenas e Médias Empresas, Especializando para Micro e Pequenas Empresas (especialmente as Familiares). Consultoria nas atividades Administrativas, Financeiras e Marketing. Professor de Curso Técnico em Administração de Empresas, Consultor e Instrutor em Gestão de Tecnologia Empresarial e Negócios Eletrônicos.
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