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'Só Deus para ajudar', responde polícia do RN a queixa registrada na internet

Uma corretora de imóveis de 34 anos foi orientada a buscar uma intervenção divina para reaver o celular que foi tomado dela por um assaltante na última quarta-feira, 27, na cidade de Parnamirim, na Grande Natal. A mulher registrou queixa do assalto na internet, por meio da Delegacia Virtual da Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Contudo, como resposta, recebeu um e-mail dizendo: "estamos todos de mãos atadas, só Deus para nos ajudar".

A vítima, que pediu para não ser identificada, contou que assim que preencheu os formulários na internet recebeu um e-mail que dizia que a solicitação dela seria avaliada. Quinze minutos depois, chegou uma segunda mensagem informando que, por se tratar de um assalto, o caso deveria ser registrado em uma das delegacias de Parnamirim.
Vítima não quis se identificar / Foto: Reprodução G1Vítima não quis se identificar / Foto: Reprodução G1
"Obrigado pelo seu depoimento, sinto muito o que vou dizer, por se tratar de um crime de roubo (assalto), esse boletim de ocorrência só poderá ser registrado em uma delegacia de polícia civil de Parnamirim, realmente, estamos todos de mãos atadas, só Deus para nos ajudar" (sic), dizia a mensagem.

A assessoria da Delegacia Geral de Polícia do Rio Grande do Norte (Degepol) esclareceu que o caso da corretora não poderia ser registrado na Delegacia Virtual por se tratar de um assalto à mão armada. "São aceitos apenas registros de ocorrências sobre furto ou perda de documentos, objetos e/ou celulares", informou.

Sobre a resposta enviada à vítima, o delegado geral da Polícia Civil potiguar, Adson Kepler, informou que se trata de uma infração administrativa, e que será instaurado um procedimento para apurar as responsabilidades para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Ele promete punir o responsável pela resposta.

"Eu fiquei com vergonha quando li a mensagem. Não sei se ficava com pena de mim mesma, que tinha sido assaltada e não tinha a quem recorrer, ou com pena dos policiais por não poderem fazer nada", lamentou a corretora. Apesar da orientação da polícia, ela decidiu não procurar as delegacias da cidade. "Pra quê? Vai resolver alguma coisa?", questionou.




Com G1



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