As mudanças na Câmara dos deputados na semana passada, dia 25, não foram bem vistas pela população, a notícia que trouxe mais impacto inclusive nas redes sociais, foi o benefício que dá direito aos cônjuges de parlamentares viajarem com o dinheiro da Casa.

Nesta terça-feira, 3, a Mesa Diretora revogou a autorização de compra de passagens aéreas para cônjuges de deputados. Informou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. "Quero informar a vocês que a Mesa Diretora se reuniu e, por unanimidade, decidiu revogar o ato que autorizou a concessão de passagens aéreas aos cônjuges".

Deputado Eduardo Cunha revoga direito a passagens aéreas para cônjuges / Foto: Agência Brasil

Um abaixo-assinado virtual foi promovido pela Avaaz, organização não governamental que defende causas sociais, e até o fim da semana contava com mais de 200 mil assinaturas. “A sociedade demonstrou a sua contrariedade”, disse Cunha.

O Ministério Público Federal também chegou a entrar com um pedido de ação civil pública contra a iniciativa. “Não podemos fechar os olhos ao entendimento que a sociedade teve e resolvemos revogar”, completou.

Os bilhetes aéreos só serão permitidos para os assessores de gabinetes dos deputados. Contudo o presidente da Casa disse que para algumas eventualidades a permissão das passagens serão analisadas caso a caso. A deputada Mara Gabrilli que, em virtude de ser tetraplégica, tem autorização para viajar com acompanhante.

No último dia 25, a Mesa Diretora anunciou o reajuste de diversas verbas parlamentares, incluindo a de gabinete, que passa de R$ 78 mil para R$ 92.053 mensais. O auxílio-moradia subiu de R$ 3,8 mil para R$ 4,2 mil.

Além desses, o chamado cotão (verba indenizatória) teve reajuste de 8%, passando de R$ 27.977,26 para R$ 30.215,44, o menor valor recebido por deputados, no caso os do Distrito Federal. O maior é destinado aos deputados de Roraima e passará de R$ 41.612,80 para R$ 44.941,62.


Com Agência Brasil