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Funcionários do Correios aprovam continuidade da greve por tempo indeterminado

Em assembleias realizadas no fim de semana, funcionários dos Correios de todo o país decidiram continuar em greve. O anúncio foi feito pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Findect), motivada pela decisão do Supremo Tribunal Federal de manter a suspensão do acordo coletivo dos trabalhadores dos Correios.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A greve teve início no último dia 17 de agosto.

Entenda

Na sexta-feira, 21, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) formaram maioria para manter o acordo trabalhista entre os Correios e seus funcionários válido somente por um ano.

Em sessão virtual, o ministro relator Dias Toffoli votou a favor da liminar concedida aos Correios no ano passado. Sete ministros acompanharam o voto, garantindo a vitória da estatal.

Em 2019, após campanha salarial e greve, os trabalhadores e os Correios fecharam, por meio de acordo no TST (Tribunal Superior do Trabalho), a convenção coletiva da categoria, válida por dois anos.

No entanto, a estatal discordou da decisão e foi ao Supremo, que concedeu liminar, limitando os efeitos da convenção por apenas um ano. Com isso, a validade acabou em julho.

Segundo Douglas Melo, diretor da Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) e do Sintect (sindicato dos funcionários dos Correios em SP), os funcionários seguirão de braços cruzados.
"Infelizmente, o Supremo manteve a liminar do Dias Toffoli que reduziu a vigência de nosso acordo. Porém, vamos manter a greve e orientar pela ampliação dela", afirma.

O movimento dos trabalhadores é contra a retirada de 70 dos 79 itens do acordo coletivo. Entre os direitos estariam adicional por risco durante a pandemia e licença-maternidade de 180 dias, entre outros.

Em nota, os Correios afirmam que os benefícios dos trabalhadores custariam R$ 1 bilhão à estatal. Além disso, dizem que não há retirada de direitos, mas adequação de termos que "extrapolavam a CLT e outras legislações".

Segundo o órgão, todos os 99 mil funcionários estão em rotina normal de trabalho, enquanto a federação aponta para paralisação de 70% dos cerca de 70 mil funcionários da área operacional.

Com O Tempo



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