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UFMG participará dos testes de uma nova vacina contra o coronavírus, dos EUA

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), através do Hospital das Clínicas (HC), vai participar dos testes de uma nova candidata a vacina contra o novo coronavírus, chamada de Ad26.COV2.S, desenvolvida pela Janssen-Cilag, empresa farmacêutica do grupo norte-americano Johnson & Johnson. Atualmente, a instituição já faz parte dos estudos da CoronaVac, do Insituto Butantan em parceria com um laboratório chinês.

Ensaio clínico aprovado é um estudo randomizado, quando metade dos voluntários recebe a vacina e a outra metade um placebo — Foto: Andrew Caballero-Reynolds / AFPEnsaio clínico aprovado é um estudo randomizado, quando metade dos voluntários recebe a vacina e a outra metade um placebo — Foto: Andrew Caballero-Reynolds / AFP

Segundo o HC, outros 19 centros brasileiros participarão dos testes da Ad26.COV2.S, que teve o seu ensaio clínico autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada. Porém, o início dos testes no país ainda aguarda a aprovação pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão do Ministério da Saúde, e das comissões de ética dos centros participantes.

A vacina

O ensaio clínico aprovado é um estudo de fase 3, randomizado (quando metade dos voluntários recebe a vacina e a outra metade um placebo), duplo cego, para avaliar a eficácia e a segurança da vacina na prevenção do coronavírus em adultos com 18 anos ou mais.

Quando o início dos testes da Ad26.COV2.S for aprovado, deverão ser recrutados cerca de mil voluntários em Minas Gerais. Terão prioridade os profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a Covid-19, entre eles os trabalhadores do HC. Essas pessoas passarão por uma análise de perfil e avaliação médica e, sendo elegíveis, receberão a dose da vacina e serão acompanhados por cerca de dois anos.

CoronaVac

A pesquisa a respeito da vacina chinesa, que já está em fase de testes no Brasil, é coordenada pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e em Minas está a cargo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos (CPDF), do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.

Ainda não há resultados preliminares, uma vez que as informações estão sendo processadas, analisadas e não houve tempo para a coleta de volume de dados significativo. A expectativa dos pesquisadores para a aprovação da substância é grande, já que a proposta da vacina chinesa usa tecnologia conhecida e de eficácia já comprovada para outras doenças, como a gripe comum, hepatite A e B, pneumonias, entre outras.

O cronograma previsto é de que o Butantan entregue 45 milhões de doses da CoronaVac ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro deste ano, 60 milhões até março e 100 milhões em maio de 2021.

Com O Tempo



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