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Contas do governo apresentam um déficit de R$ 58,4 bilhões em fevereiro, o pior resultado para o mês em 28 anos

O governo central registrou um déficit primário de R$ 58,444 bilhões em fevereiro, o pior saldo para o mês desde que os registros começaram em 1997, conforme informado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira, 26.

Foto: Reprodução InternetFoto: Reprodução Internet

O déficit do mês é 37,7% maior que o saldo negativo de R$ 40,614 bilhões observado no mesmo período do ano passado.

Segundo o Tesouro, o déficit de fevereiro é resultado de um aumento real de 27,4% nas despesas totais, atingindo R$ 190,938 bilhões, enquanto a receita líquida, excluindo transferências para governos regionais, teve um crescimento real de 23,4%, totalizando R$ 132,494 bilhões.

O Tesouro explicou que o aumento nas despesas totais se deve principalmente ao pagamento de precatórios no valor de R$ 30,1 bilhões.

Com esse resultado do mês, o déficit primário do governo central acumulado em 12 meses foi de R$ 252,9 bilhões em valor corrigido pela inflação, equivalente a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB).

No primeiro bimestre, o governo central acumulou um superávit de R$ 20,941 bilhões, em comparação com um saldo positivo de R$ 38,292 bilhões no mesmo período de 2023. Esses números não incluem os gastos com juros da dívida pública.

A equipe econômica projetou que o governo central terá um déficit primário de R$ 9,3 bilhões em 2024, dentro da margem de tolerância estabelecida pelo arcabouço fiscal.

Apesar dos cortes nas projeções de ganhos com medidas fiscais aprovadas pelo Congresso, o governo afirmou que as iniciativas arrecadatórias estão apresentando bom desempenho.

O secretário do Tesouro mencionou que o crescimento da receita é significativo e indica uma atividade econômica robusta.

Metas futuras ainda não definidas O governo está estudando a composição de receitas e despesas para o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, a ser proposto em abril, e ainda não é possível determinar qual será a meta fiscal do próximo ano.

No ano passado, o governo anunciou que trabalharia para atingir um déficit primário zero em 2024, seguido de superávits de 0,5% do PIB em 2025 e 1,0% do PIB em 2026.

De acordo com o secretário, atingir ou não essas metas é uma questão relativa, desde que as contas estejam em processo de recuperação.

Ele também anunciou que o governo deve enviar ao Congresso uma medida provisória para criar mecanismos de proteção cambial a investimentos sustentáveis e outra medida provisória com iniciativas de crédito, sem fornecer detalhes específicos.

Da Redação com Istoé Dinheiro

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